Coreia do Norte proíbe piercings, calças skinny e corte mullet: "Cultura capitalista"

Também estão vetados cortes de cabelo estilo "espetado" e tintas capilares, além de camisas que contenham assinaturas das marcas como estampa

18:53 | Mai. 24, 2021

As pessoas assistem a um noticiário de televisão mostrando imagens de arquivo do líder norte-coreano Kim Jong Un, em uma estação ferroviária em Seul, capital da Coreia do Sul, em setembro de 2020 (foto: AFP)

O governo da Coreia do Norte, comandado pelo líder supremo Kim Jong-Un, proibiu no país o uso de piercings, cortes de cabelo estilo “espetado” ou mullet e calças jeans skinny para combater a invasão de “cultura capitalista” no fechado país comunista.

A partir de agora, estão vetadas também tinturas capilares e, dos guarda-roupas, devem ser banidas camisas que contenham as assinaturas das marcas como estampa. Segundo o portal UOL, as medidas foram publicadas no jornal estatal Rodong Sinmun. Conforme o periódico norte-coreano, todos estes estilos foram proibidos por serem “anti-socialistas”.

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Ainda neste mês, o mesmo jornal, que serve como publicação oficial do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia - o partido fundador e, desde então, único governante do país -, fez um alerta para a necessidade de impedir a entrada de elementos do que considera “cultura capitalista” no país.

A mensagem, para além do direcionamento geral aos países do exterior, vem na esteira das recentes críticas do regime de Kim Jong-Un à bilionária indústria musical do K-pop da vizinha e capitalista Coreia do Sul. O governo comunista denunciou, em março deste ano, o que seria um regime de escravidão imposto “por conglomerados viciados e corruptos ditos artísticos".

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“A História ensina uma lição crucial, de que um país pode se tornar vulnerável e eventualmente colapsar, independentemente de seu poder econômico e de defesa, se os cidadãos não mantiverem seu estilo de vida próprio”, escreveu o jornal Rodong Sinmun. Por fim, o texto classifica o estilo de vida nos países capitalistas como “exótico” e “decadente”, reafirmando o dever de impedir a entrada de “costumes ocidentais” na Coreia da Norte.