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Na festa da Reunificação, Gauck pede apoio a migrantes

14:24 | 03/10/2015
Presidente pediu que alemães tenham agora mesma solidariedade e determinação para integrar os milhares de refugiados que chegam, como tiveram para enfrentar desafio da Reunificação do país. A Alemanha comemorou neste sábado (03/10) os 25 anos da Reunificação, com seus líderes exortando o país a reunir a mesma força e solidariedade para enfrentar agora o fluxo recorde de refugiados. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o presidente alemão, Joachim Gauck, ambos crescidos sob o comunismo da extinta Alemanha Oriental, participaram de cerimônias em Frankfurt para comemorar a data. Diante de cerca de 1.500 convidados na Alte Oper, Gauck tematizou a crise de refugiados e apelou aos alemães para que se inspirem no mesmo espírito que tomou conta do país nos meses inebriantes entre a queda do Muro de Berlim e a Reunificação. "Hoje, celebramos a coragem e autoconfiança daquele tempo. Vamos usar essa memória como uma ponte", pediu Gauck, que foi pastor dissidente na Alemanha Oriental. "Em 1990 também havia a questão legítima 'será que estamos à altura deste desafio?'", ressaltou. "No entanto, milhões de pessoas assumiram a tarefa nacional de unificação e fizeram da Alemanha um país que é mais que a soma de suas partes", disse o presidente. Paciência com integração Alemanha, maior economia da Europa, espera receber até 1 milhão de refugiados este ano mais do que qualquer outro país europeu. Gauck pediu paciência com a integração dos imigrantes, dizendo que levará tempo para os recém-chegados se ajustarem a uma ordem social diferente. Ele elogiou as calorosas boas-vindas que os migrantes receberam na Alemanha até agora, e agradeceu os voluntários e funcionários do governo que os estão ajudando na integração. Gauck também enfatizou que os valores alemães "não são negociáveis", condenando antissemitismo e discriminação contra mulheres e homossexuais. "Tolerância para a intolerância não é aceitável", sublinhou o chefe de Estado. Merkel afirmou neste sábado que a crise de migrantes representa um teste épico para a União Europeia. "Vinte e cinco anos depois, estamos diante de grandes desafios, como a questão dos refugiados", disse ela a jornalistas em Frankfurt. "Agora também, nós, alemães, não seremos capazes de resolver o problema sozinhos, mas somente com a Europa, com uma divisão equitativa da carga, e com o resto do mundo." O dia 3 de outubro é feriado na Alemanha, e as celebrações para marcar a ocasião devem durar até a noite de domingo. Até lá, por volta de 1,5 milhão de pessoas de todo o país terão participado de mais de 300 eventos em Frankfurt, sob o lema "Superando Fronteiras". As celebrações na cidade, capital do estado de Hessen, tiveram início já na sexta-feira. No passeio às margens do rio Meno, os 16 estados alemães apresentam a sua diversidade culinária e cultural. A cada ano, a comemoração oficial do Dia da Unidade Alemã fica por conta do estado incumbido de nomear o presidente do Bundesrat, câmara alta do Parlamento alemão. Mas o dia é lembrado também em Berlim e em outras cidades do país. MD/afp/ap/rtr/dpa
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