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Ministério público alemão investiga forcas para Merkel e Gabriel

16:57 | 13/10/2015
Cadafalso com forcas para chanceler federal e seu vice chamaram atenção de autoridadesSímbolo ostentado em mais recente passeata do Pegida pode dar multa e até cinco anos de prisão. Políticos falam de "desmascaramento" da verdadeira ideologia dos que organizam protestos "anti-islamização" há quase um ano. Na manifestação do movimento Pegida (sigla em alemão para "Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente"), na noite desta segunda-feira (12/10) em Dresden, destacava-se um cadafalso de madeira rotulado "Alemanha". De dois laços de forca, pendiam cartazes de papelão com os dizeres: "Reservado para Angela 'Mamãezinha' Merkel" (a chefe de governo alemã) e "Reservado para Siegmar 'a Ralé' Gabriel" (grafia errada do nome do ministro da Economia e vice-chanceler federal, Sigmar Gabriel). Em reação, o Ministério Público de Dresden abriu inquérito contra pessoa desconhecida. As acusações são de desacato à ordem pública por ameaça de atos criminosos e instigação pública a atos criminosos. A polícia está examinando o material fotográfico disponível, a fim de determinar a identidade do suspeito. Caso confirmado, o delito é passível de multa ou pena de prisão de até cinco anos. Desmascarada "verdadeira ideologia" do Pegida Quase um ano após o início das manifestações semanais do Pegida em Dresden e Berlim, o evento público "anti-islamização" desta segunda-feira reuniu quase 9 mil simpatizantes. Políticos dos maiores partidos alemães se manifestaram indignados pela presença numa passeata de um símbolo tão agressivo, dominado pelo incitamento à violência contra membros do governo federal. Para Peter Tauber, secretário-geral do partido de Merkel, a União Democrata Cristã (CDU), alguém que carrega uma forca pelas ruas se encontra fora do debate democrático. E se alguém é "burro demais" para grafar incorretamente o nome do vice-premiê, "então, sinceramente, isso a desqualifica mais uma vez, adicionalmente". A encarregada para Assuntos de Migração do governo federal alemão, Aydan Özoguz, apontou uma preocupante "brutalização do clima político". Ela pertence ao Partido Social-Democrata (SPD), que integra a coalizão governamental em Berlim. Segundo comentou a vice-presidente do SPD, Manuela Schwesig, no microblog Twitter, o episódio desmascararia a verdadeira ideologia dos manifestantes do Pegida, que insistem em se fazer de cidadãos normais. AV/afp/epd/dpa
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