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David Cameron e Xi Jinping tratam sobre acordos comerciais e direitos humanos

18:05 | 21/10/2015
O presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmaram que esperam construir laços econômicos em meio a uma série de acordos comerciais entre os dois países, incluindo planos de uma empresa estatal chinesa ter uma participação em uma nova usina de energia nuclear no Reino Unido.

O ponto central da série de acordos, anunciados nesta quarta-feira, é que a empresa chinesa General Nuclear Power (CGN), irá ter uma participação de 33,5% no desenvolvimento de cerca de 18 bilhões de libras da usina nuclear de Hinkley Point, no sudoeste da Inglaterra, que está sendo construída pela gigante Electricite de France. Além desse acordo, as companhias planejam obter a aprovação dos reguladores britânicos para que o reator chinês Hualong seja construído em Bradwell, em Essex, leste da Inglaterra.

Em uma reunião nesta quarta-feira, os dois líderes discutiram sobre áreas para uma maior cooperação, incluindo comércio e investimento, entre outras, disse Cameron em uma coletiva de imprensa após o encontro. O primeiro-ministro britânico também afirmou que eles discutiram "temas mais difíceis", como cibersegurança e direitos humanos.

Os dois países anunciaram que concordaram em assinar um novo pacto de não apoiar o hackeamento de propriedade intelectual um do outro - um acordo similar foi firmado recentemente entre os Estados Unidos e a China.

"Quanto mais forte nossas parcerias econômicas e comerciais, mais forte se torna a nossa relação e mais capazes somos de ter as discussões necessárias e francas sobre outros temas", disse Cameron.

Durante a coletiva de imprensa, Jinping afirmou que a China atribui grande importância à proteção dos direitos humanos e encontrou um caminho para o desenvolvimento nessa área que está "de acordo com as condições nacionais do país".

Cameron também disse que discutiu com Jinping o problema do excesso de oferta global de aço. O primeiro-ministro britânico enfrenta um aumento de pressão para apoiar a indústria de aço local, após o anúncio de alguns produtores do fechamento de fábricas e perda de empregos, parcialmente devido ao excesso de produção na China.

"Eu rejeito totalmente a ideia de que ou você tem uma conversa sobre direitos humanos e produção de aço com a China ou você tem um relacionamento forte com o país - eu quero os dois", declarou Cameron.

O presidente da China afirmou que o mundo enfrenta o excesso de oferta de aço e ferro, não apenas o Reino Unido, e culpou a redução da demanda pelo fato. Ele declarou que a indústria de aço da China também enfrenta excesso de capacidade e, portanto, reduziu a capacidade para 700 milhões de toneladas, "e vocês podem imaginar nosso desafio de encontrar empregos para esses trabalhadores". Fonte: Dow Jones Newswires.

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