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Polícia da Tailândia diz que suspeito admitiu estar no local de atentado

11:05 | 02/09/2015
A polícia tailandesa disse nesta quarta-feira que um suspeito de envolvimento no atentado em Bangcoc admitiu que estava perto do templo quando o ataque ocorreu, mas negou ter colocado a bomba. Outras pistas apontavam para um crescente vínculo entre o atentado e o tráfico do grupo étnico uigur da China através da Tailândia.

Autoridades do país disseram que as impressões digitais do suspeito coincidem com aquelas encontradas em uma garrafa de material para fabricação de bombas encontrada em um apartamento vasculhado pela polícia no último fim de semana. O vice-chefe de polícia do país, Chakthip Chaijinda, foi questionado por repórteres sobre se o homem, que não teve o nome nem a nacionalidade revelados, confessou o envolvimento na explosão de 17 de agosto no templo Erawan, que matou 20 pessoas e deixou mais de 120 feridos, ou em outra explosão no dia seguinte perto de um movimentado pier que não deixou mortos. "É da natureza do suspeito negar isso, mas ele admite que estava na área quando isso aconteceu", disse Chakthip, referindo-se ao atentado no templo de Bangcoc. Autoridades disseram que o homem foi detido na terça-feira, perto da fronteira com o Camboja, quando tentava fugir.

A polícia anunciou também que estava buscando a prisão de um turco, Emrah Davutoglu, que teria ligação com as explosões. Pelo menos três turcos estão entre os oito suspeitos procurados. A conexão turca gera especulações de que os suspeitos seriam parte de um grupo que tenta vingar a repatriação forçada de uigures étnicos para a China em julho. Os uigures têm relação com os turcos e a Turquia abriga uma grande comunidade deles. O templo Erawan é bastante popular entre turistas chineses, alimentando a ideia de que ele pode ter sido um alvo para pessoas que acreditam que os uigures são oprimidos pelo governo da China. Pequim disse que alguns uigures são terroristas islâmicos e que entre eles haveria um grupo que saiu do país para se unir aos militantes do Estado Islâmico na Síria.

O novo suspeito, Davutoglu, é casado com uma tailandesa que teve um mandado de prisão expedido anteriormente, porque alugou o apartamento onde os materiais para a fabricação de bomba foram encontrados. Ela disse ser inocente e que está agora vivendo na Turquia. Fonte: Associated Press.

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