A violência entre palestinos e o Exército de Israel foi além dos muros da Cidade Velha de Jerusalém nesta sexta-feira, com ao menos oito palestinos feridos por tiros em confrontos na Cisjordânia e policiais israelenses atingidos por coquetéis molotov.

Em uma decisão rara, as autoridades israelenses convocaram algumas centenas de soldados reservistas para aumentar a segurança nas fronteiras, á medida que aumentam as tensões no local mais sagrado de Jerusalém.

Na Cisjordânia, protestos violentos eclodiram após as orações muçulmanas no final da tarde. As tropas israelenses jogaram gás lacrimogêneo e acionaram um canhão de água para dispersas manifestantes palestinos jovens que jogavam pedras. O Crescente Vermelho palestino afirmou que oito palestinos foram gravemente feridos após serem atingidos e 20 tiveram ferimentos leves.

A polícia isralense afirmou que dois palestinos foram atingidos por tiros ao jogarem coquetéis molotov na Tumba de Raquel, em Belém. Os ativistas palestinos também entraram em conflito com as forças israelenses em Hebron e em Qalândia.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, condenou com palavras duras a violência, afirmando que nenhum dos locais sagrados em Jerusalém pertencem a Israel.

O ministro da Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan, culpou Abbas por "incitamento e mentiras" que levaram à violência. Ele disse que ao trazer materiais explosivos para locais sagrados, os manifestantes tornaram a "casa de orações" em um "armazém do terror". Fonte: Associated Press.