O Estado Islâmico reivindicou a autoria do assassinato de um funcionário humanitário italiano na zona diplomática da capital de Bangladesh, segundo o grupo de inteligência SITE, que monitora ameaças dos extremistas. O governo local disse, porém, que não tem como confirmar a informação.

Caso seja confirmada a autori do ataque, ele será o primeiro do grupo radical em Bangladesh, uma nação secular com população de maioria muçulmana. A nação do sul asiático luta há meses contra a rápida ascensão de grupos islâmicos radicais, procurando várias pessoas que foram apontadas como culpadas pela morte de quatro blogueiros neste ano.

O ministro do Interior, Asaduzzamn Khan, disse que as autoridades ainda não tinham evidências de que o Estado Islâmico estava envolvido. A polícia disse que não havia informações sobre o trio de homens não identificados que, em apenas uma motocicleta, dirigiu na direção do italiano Cesare Tavella e disparou contra ele, na noite de segunda-feira. Aparentemente, o ataque foi planejado, segundo a polícia. Nada foi levado da vítima.

O Estado Islâmico advertiu que "cidadãos da coalizão cruzada" não estariam seguros em nações islâmicas, segundo o SITE. Quase 90% dos 160 milhões de habitantes de Bangladesh são muçulmanos.

Tavella trabalhava em Daca para o ICCO, uma cooperativa que envolve várias igrejas sediada na Holanda. O italiano era gerente de programas em um projeto com foco em segurança alimentar e desenvolvimento econômico para as pessoas de áreas rurais de Bangladesh, segundo o site da organização não governamental. Fonte: Dow Jones Newswires.