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CSU critica política de refugiados de Merkel

11:01 | 11/09/2015
Membros do partido irmão da CDU, da chanceler federal alemã, afirmam que permitir entrada de milhares de migrantes sem registro é "erro político sem precedentes" e alertam para "consequências devastadoras". Membros da União Social Cristã (CSU), tradicional aliado da União Democrata Cristã (CDU), de Angela Merkel, criticaram nesta sexta-feira (11/09) a política de acolhimento de refugiados da chanceler federal alemã. O ex-ministro do Interior Hans-Peter Friedrich, da CSU, disse ao jornal Passauer Neue Presse que a decisão de Merkel de permitir que milhares de refugiados se desloquem sem controle ou registro da Hungria para a Alemanha é um "erro político sem precedentes". Friedrich disse que o fluxo de refugiados chegando à Alemanha está fugindo do controle e alertou para as "consequências devastadoras" que isso pode ter. Somente no último fim de semana, 15 mil requerentes de asilo entraram no país. O colega de partido e secretário de Finanças da Baviera, Markus Söder, compartilhou da mesma ideia em declaração ao jornal Munich Merkur, dizendo temer que a Alemanha se sobrecarregue. A nova onda de críticas acontece poucos dias após a coalizão de governo alemã formada por CSU, CDU e pelo Partido Social Democrata (SPD) ter anunciado a inclusão de 6 bilhões de euros para assistência a refugiados no orçamento de 2016. Medo do "Estado Islâmico" Söder saudou a gentileza do povo alemão vista em vídeos que circulam nas redes sociais e na mídia convencional, os quais mostram multidões nas estações de trem dando boas-vindas aos refugiados com comida, água e brinquedos. No entanto, o político alertou que "se neste ano o número de pessoas que imigrarem for maior que o número de pessoas que nascerem na Alemanha, isso vai afetar as estatísticas culturais da sociedade". Ambos os políticos do CSU afirmaram que um número desconhecido de combatentes do grupo extremista "Estado Islâmico" (UE) pode ter entrado na Alemanha em meio aos milhares de refugiados na sua maioria, originários da Síria. "Estou convencido de que nenhum outro país no mundo seria tão inocente para se expor a esse risco", disse Friedrich. Os comentários dos membros da CSU foram divulgados um dia após os membros do Parlamento Europeu em Estrasburgo votarem em peso a favor de propostas do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Segundo os planos, a comissão realocaria pela União Europeia 160 mil refugiados que estão na Hungria, Grécia e Itália. Os parlamentares também apoiaram a ideia de estabelecer uma lista dos "países de origem seguros". MP/dw/afp/dpa
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