O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, emitiu declarações para marcar o aniversário do fim da Segunda Guerra aludindo a desculpas de seus antecessores. Abe não chegou, porém, a oferecer um pedido de desculpas em suas próprias palavras, algo demandado pelos países vizinhos.

"O Japão repetidamente demonstrou seus sentimentos de profundo remorso e sinceras desculpas por suas ações durante a guerra", afirmou Abe. Ele também expressou seus próprios "sentimentos de profundo pesar" e "eternas, sinceras condolências" pelas perdas de vidas no país e no exterior.

A Coreia do Sul e a China mostraram preocupação com a visão de Abe sobre a história. Os dois países pediram para que ele reiterasse desculpas feitas anteriormente pelo governo japonês. Críticos no país e no exterior acusam Abe de tentar ocultar ações japonesas cometidas durante a guerra. Já os conservadores no Japão que apoiam Abe dizem que Tóquio já pediu desculpas suficientes e acusam os líderes de Coreia do Sul e China de supostamente inflamar as feridas da guerra para garantir apoio doméstico.

Abe disse que o Japão precisa enfrentar sua história. Por outro lado, sugeriu que o país não deve pedir desculpas indefinidamente pelo passado. "Nós não podemos permitir que nossos filhos, netos e mesmo que as futuras gerações, que não têm nada a ver com a guerra, sejam predestinados a pedir desculpas", afirmou. Fonte: Dow Jones Newswires.