Obama diz que mudança climática é um dos principais desafios atuais
Obama disse que está convencido de que nenhum desafio representa uma ameaça maior para o '' nosso futuro e as gerações futuras''
O presidente americano, Barack Obama, lançou nesta segunda-feira, 3, seu plano contra a "grande ameaça" representada pela mudança climática para o planeta, ressaltando a necessidade de agir imediatamente e anunciando uma restrição sem precedentes às centrais de energia.
Trata-se de um dos "desafios-chave" do nosso tempo, considerou Obama, que estava na Casa Branca e, no mesmo pronunciamento, anunciou o Plano dos Estados Unidos para Energia Limpa ("America's Clean Power Plan").
O plano reúne uma série de regras e regulamentos que, pela primeira vez, vão impor às usinas de energia a redução de 32% até 2030 das emissões de carbono, em comparação com os níveis de 2005.
"Não há desafio que represente ameaça maior para o nosso futuro e para as gerações futuras do que a mudança climática", disse ele, advertindo contra um "atraso" na luta contra esse fenômeno.
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"Na maioria das vezes, os problemas que enfrentamos são temporários e podemos esperar que as coisas melhorem, se trabalharmos duro", declarou, ressaltando, porém, que "esse é um dos poucos casos, por sua amplitude, que, se não resolvermos, não poderá ser revertido".
"E nós, provavelmente, não conseguiremos nos adaptar o suficiente", insistiu o presidente dos Estados Unidos, que, desde 2008, tem feito da questão ambiental uma de suas prioridades.
Obama destacou ainda a ameaça representada pela mudança climática e, particularmente, pelas centrais elétricas, fontes de poluição de carbono.
O debate é particularmente acirrado nos Estados Unidos, onde 37% da eletricidade ainda é produzida por usinas a carvão, uma das fontes mais poluentes.
Obama descreveu as restrições às usinas como "o passo mais importante que a América deve tomar na luta" contra a mudança climática.
A União Europeia (UE) saudou, imediatamente, o plano de Obama e seus "esforços sinceros" para reduzir as emissões de carbono.
O anúncio do plano ocorre a menos de seis meses da Conferência do Clima (COP21), em Paris. O evento reunirá 195 países que devem se comprometer a limitar a 2ºC o aumento da temperatura global.
AFP