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Jornalista mata ex-colegas ao vivo nos EUA

17:49 | 26/08/2015
Atirador abre fogo contra repórter e cinegrafista de canal do qual foi demitido, grava ataque com celular e posta imagens em redes sociais, antes de morrer durante perseguição policial. Ele acusava colegas de racismo. Um ex-funcionário de um canal de TV do estado americano da Virginia assassinou dois antigos colegas uma repórter e um cinegrafista durante uma transmissão ao vivo na manhã desta quarta-feira (26/08), registrou o ataque com o celular e, em seguida, postou o vídeo em redes sociais. Ele morreu durante a perseguição policial, provavelmente por um tiro disparado por ele mesmo. A transmissão do canal WDBJ7, uma entrevista com uma convidada fora dos estúdios, foi interrompida por sons de tiros e de gritos da repórter, deixando telespectadores sem saber exatamente o que havia acontecido. O vídeo postado logo depois pelo atirador, no entanto, não deixou dúvida que se tratava de um ataque deliberado contra colegas da TV de onde ele havia sido demitido. Os 56 segundos de imagem mostram como Vester Lee Flanagan, que usava o nome artístico de Bryce Williams quando era âncora da WDBJ7, espera pacientemente até que a repórter Alison Parkerm, de 24 anos, entre no ar com a entrevistada. Com o celular numa mão e uma pistola na outra, ele então abre fogo e mata a ex-colega e o cinegrafista Adam Ward, de 27 anos. Apesar de baleada, a entrevistada, Vicki Gardner, está em situação estável no hospital. Os motivos para o ataque ainda não estão claros. Junto ao vídeo, o atirador, de 41 anos, publicou várias mensagens, nas quais acusa os colegas assassinados de racismo e de denunciá-lo ao RH da empresa. As contas de Flanagan no Facebook e no Twitter foram retiradas do ar após a postagem do vídeo. A WDBJ7 confirmou que Flanagan foi funcionário da emissora. Segundo o gerente-geral da empresa, Jeff Marks, o atirador foi demitido há dois anos e apresentou queixas "infundadas" contra vários funcionários da equipe. Em 2000, Flanagan processou uma emissora de televisão na qual trabalhou na Flórida, alegando discriminação por ser negro. O caso foi resolvido e encerrado. A agressão ao vivo aconteceu por volta das 6h45 (horário local), durante uma entrevista para um noticiário matinal em Bridgewater Plaza, uma área recreativa de Smith Mountain Lake com restaurantes, lojas, passeios de barco, fliperamas e casas de veraneio. A área se localiza no centro-sul do Estado, a cerca de 190 quilômetros da capital, Richmond. Flanagan ficou horas foragido. Em um comunicado, a polícia disse que o suspeito se recusou a parar o carro ao ser descoberto. "Minutos depois, o veículo do suspeito saiu da estrada. Ao se aproximarem, os policiais encontraram o homem sofrendo com ferimento de bala." Perante o ataque, a Casa Branca pediu ao Congresso americano nesta quarta-feira que aprove leis mais rígidas no controle de armas. "Esse é outro exemplo de violência armada que está se tornando muito comum em comunidades pequenas e grandes nos EUA", afirmou o porta-voz do governo Josh Earnest. O presidente Barack Obama declarou que o fracasso na aprovação de uma legislação sobre armas mais rígida é a maior frustração de seu mandato. Ele disse que, apesar de os EUA serem uma "nação avançada na Terra", não têm "bom senso suficiente" sobre leis de segurança relacionadas a armas. CN/rtr/dpa/afp/lusa
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