PUBLICIDADE
Notícias

Estudo chinês associa comida picante à longevidade

De acordo com a análise, apesar de não ter nada em definitivo, o consumo deste alimento pode evitar o câncer

08:20 | 05/08/2015

O consumo regular de comida picante estaria associado a uma longevidade maior e a um risco menor de contrair câncer, doenças coronarianas ou respiratórias, segundo um estudo chinês publicado  esta semana pela revista britânica BMJ, mas questionado por alguns especialistas.

Os próprios responsáveis pelo estudo advertiram que é muito cedo para tirar uma conclusão definitiva sobre os potenciais benefícios da 'dieta picante' e defenderam mais pesquisas. "Nossa análise mostra uma correlação invertida entre o consumo de comida condimentada e a mortalidade global, assim como com certas causas de morte, como o câncer ou as doenças coronarianas e respiratórias", afirma a equipe responsável pelo estudo.

A partir de um grupo de 490.000 chineses com idades entre 30 e 79 anos, observados em média por sete anos, o estudo afirma que "aqueles que consomem alimentos condimentados quase todos os dias têm 14% menos possibilidades de morrer que aqueles que comem alimentos picantes menos de uma vez por semana".

A associação vale tanto para homens quanto para mulheres e é ainda mais importante para os que consomem comidas picantes mas não bebem álcool.
O consumo frequente de comida picante também foi associado no estudo especificamente a um risco menor de morte por câncer, doença coronariana ou respiratória.

A pimenta, o condimento mais utilizado na China, contém capsaicina, que segundo os coordenadores da pesquisa também ajudaria a combater a obesidade, além de ter efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e contra o câncer.
Apesar do número considerável de pessoas observadas, o estudo apresenta alguns pontos frágeis, em particular a falta de informações detalhadas sobre a composição das refeições dos participantes.

"Não sabemos se as correlações observadas são resultado direto do consumo de pimenta ou a simples consequência de outros elementos favoráveis da alimentação que não foram levados em consideração", comentou Nita Forouhi, uma especialista em Nutrição da Universidade de Cambridge.

 AFP

TAGS