PUBLICIDADE
Notícias

Dia de homenagens em Ferguson termina em tiroteio

04:01 | 10/08/2015
Homens em dois carros teriam disparado contra viatura na pequena cidade do Missouri, em jornada marcada por manifestações pacíficas em memória de Michael Brown, o jovem negro morto há um ano por um policial branco. Uma jornada de manifestações pacíficas em memória de Michael Brown, o jovem negro de 18 anos morto há um ano por um policial branco, terminou neste domingo (10/08) em tiroteio em Ferguson, no Missouri. Segundo a polícia de Ferguson, o tiroteio ocorreu por volta das 23:15 (horário local), já durante uma das últimas homenagens a Brown. Homens em pelo menos dois carros teriam aberto fogo contra policiais, que responderam com tiros. Cerca de seis disparos foram ouvidos. "Esse é exatamente o tipo de coisa que a gente tenta evitar. Acho que isso é lamentável. Estamos tentando manter todos seguros", disse Jon Belmar, chefe de polícia do Condado de St. Louis. Os tiros foram disparados no momento em que 300 pessoas caminhavam rumo a uma igreja para uma missa. A marcha foi interrompida enquanto policiais e ambulâncias se dirigiam para a área. Ao longo de todo o domingo, várias passeatas pacíficas e minutos de silêncio marcaram o primeiro aniversário da morte de Brown. Centenas de pessoas se reuniram às 12:02, hora em que Brown foi assassinado, e fizeram quatro minutos e meio de silêncio - tempo equivalente às quatro horas e meia em que o corpo do jovem permaneceu estendido no chão após a morte. Desde a morte de Brown, dia 9 de agosto de 2014, os protestos contra a discriminação policial contra os negros se estenderam da pequena Ferguson para mais de 170 cidades de todo o país, com especial intensidade em Nova York, Washington e Los Angeles. A mais trágica expressão desse mal-estar foi o assassinato a tiros de dois policiais nova-iorquinos, Wenjian Liu e Rafael Ramos, no último dia 20 de dezembro, por um homem que queria vingar os cidadãos negros mortos pela polícia. Brown levou vários tiros de um policial branco quando estava desarmado. Um grande júri decidiu, no entanto, que não havia provas suficientes para condenar o policial. RPR/afp/ap/efe
TAGS