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Confrontos em Kiev deixam policial morto e mais de cem feridos

18:08 | 31/08/2015
Choque entre manifestantes e agentes da Guarda Nacional ucraniana ocorreu durante votação sobre maior autonomia a regiões separatistas. Policial foi vítima de granada lançada por membro de partido ultranacionalista. Um policial morreu e mais de cem pessoas ficaram feridas depois da explosão de uma granada em frente ao Parlamento ucraniano, em Kiev, nesta segunda-feira (31/08). De acordo com a Guarda Nacional, o artefato foi lançado por um manifestante. O suspeito e outros 30 participantes do protesto foram presos. O confronto começou durante a votação de um projeto de reformas constitucionais que concede maior autonomia a regiões do leste do país, em grande parte controladas por separatistas pró-Rússia. "Investigação e punição serão inevitáveis", afirmou o ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov, que classificou o confronto como uma "guerra anti-Ucrânia." Segundo Avakov, o manifestante que lançou a granada contra a barreira de policiais é integrante do partido ultranacionalista Svoboda. Ele serviu como voluntário num batalhão pró-Ucrânia, no leste do país. O ministro informou que 122 pessoas foram hospitalizadas, a maioria policiais. Entre os feridos, também estão jornalistas ucranianos e dois repórteres franceses. Descentralização A controversa mudança constitucional proposta pelo presidente Petro Poroshenko garante maior autonomia às regiões de Donetsk and Luhansk. A concessão do estatuto especial, aprovada por 265 dos 450 parlamentares, tem como objetivo enfraquecer o movimento separatista pró-russo. As medidas pré-aprovadas atendem a exigências do Ocidente e são um elemento-chave do acordo de Minsk, assinado em fevereiro por Kiev e separatistas. O ducumento estabeleceu um cessar-fogo na região. Alguns aliados da coalizão governista se posicionaram contra a mudança. Para a aprovação, são necessários 300 votos favoráveis na última votação da matéria, prevista para o fim deste ano. Desde março do ano passado, quando se acirraram os conflitos entre o governo e os separatistas no leste do país, quase 7 mil pessoas foram mortas. KG/rtr/afp/dpa
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