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Cerimônia marca 70 anos da bomba de Hiroshima

06:13 | 06/08/2015
No dia 6 de agosto de 1945, o primeiro bombardeio atômico da história matou cerca de 140 mil pessoas, deixando sequelas graves nos sobreviventes. Solenidade em Hiroshima reuniu autoridades japonesas e internacionais. Autoridades japonesas, diplomatas internacionais e sobreviventes participaram nesta quinta-feira (06/08), em Hiroshima, de uma cerimônia que marcou os 70 anos do lançamento da primeira bomba nuclear, nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial. O sino da paz soou às 8h15 (hora local), no momento exato em que a bomba atômica lançada pelo bombardeiro B-29 Enola Gay, da Força Aérea americana, detonou sobre o centro da cidade, matando 40 mil pessoas instantaneamente. Até o fim daquele ano, o número de mortos chegou a 140 mil, em consequência da radiação. Cerca de 50 mil pessoas compareceram à cerimônia no Parque do Memorial da Paz, em Hiroshima, incluindo a embaixadora americana no Japão, Caroline Kennedy e representantes de cerca de cem países. Após o memorial, líderes de grupos de sobreviventes se reuniram com o primeiro-ministro, Shinzo Abe, e pediram a remoção de uma nova legislação que permite aos militares japoneses, pela primeira vez desde o fim da 2ª Guerra, se envolverem em conflitos no exterior. Abe, que em seu discurso durante a cerimônia defendeu a abolição das armas nucleares, sustentou que a nova legislação é essencial para a segurança do país. Pesquisas indicam que a maioria dos japoneses é contra a medida, que envolve uma reinterpretação da Constituição japonesa, que renuncia à guerra, estabelecida no período pós-guerra quando o país estava sob ocupação americana. A detonação da bomba atômica ainda é um dos temas mais debatidos da Segunda Guerra Mundial. Muitos defendem que ela foi necessária para pôr fim à guerra no Pacífico e salvar milhares de outras vidas vidas, enquanto outros sustentam que o Japão teria se rendido de qualquer forma, sem que houvesse a necessidade de destruir Hiroshima e, três dias mais tarde, Nagasaki. Ainda hoje, sobreviventes estão sob tratamento nos hospitais da Cruz Vermelha japonesa em razão dos efeitos de longa duração da radiação, principalmente casos de câncer. RC/dpa/rtr
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