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Eurozona não descarta saída temporária da Grécia da zona do euro

"Caso não aconteça um acordo, devem ser oferecidas à Grécia rápidas negociações para uma saída temporária da zona do euro"

15:21 | 12/07/2015
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Os países da zona do euro não descartam uma saída temporária da Grécia, segundo um projeto dos ministros das Finanças, que avalia entre 82 e 86 bilhões de euros o montante que o país precisa para um terceiro resgate.

"Caso não aconteça um acordo, devem ser oferecidas à Grécia rápidas negociações para uma saída temporária da zona do euro, com a possibilidade de uma reestruturação da dívida", afirma o último parágrafo do documento. A proposta, como outras deste documento de quatro páginas, está entre colchetes, indicando que não é definitiva.

O texto foi transmitido aos 19 chefes de Estado e de governo da zona, que estão reunidos em uma cúpula em Bruxelas desde o início da tarde.

Uma das propostas dos ministros para "reconstruir a confiança" é que o Parlamento grego aprove "até 15 de julho" as novas reformas, ou seja, em três dias.

Entre as exigências ao governo de Atenas, o Eurogrupo pede uma reforma ambiciosa das aposentadorias, a abertura de lojas aos domingos, a liberalização de farmácias e de outros setores, como o energético, assim como novas privatizações.

O texto destaca a importância de que o Fundo Monetário Internacional forme parte das instituições credoras e também pede uma lei que garanta a independência do escritório de estatísticas (Elstat). Em relação à enorme dívida grega, o texto descarta um perdão, mas abre a possibilidade de uma reestruturação.

"Há sérias preocupações sobre a sustentabilidade da dívida", reconhece o documento, evocando a possibilidade de medidas adicionais para aliviá-la, como alongar os prazos.

O Eurogrupo também exige o direito de supervisionar a legislação em temas chave, antes inclusive de que as leis tenham sido submetidas ao Parlamento ou a uma consulta.

"O governo (grego) deverá consultar e acordar com as instituições todos os projetos de lei em áreas relevantes, antes de submetê-las a consulta pública ou ao Parlamento", afirma o texto.

A possibilidade de negociar um novo resgate só seria aberta após o cumprimento d todas estas condições.

AFP

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