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Bolsas asiáticas caem e geram dúvidas sobre eficácia de medidas de emergência

09:20 | 07/07/2015
As bolsas asiáticas encerram em baixa nesta terça-feira, lançando dúvidas sobre a eficácia das recentes medidas de emergência de Pequim para conter as perdas no mercado acionário. Além disso, preocupações em torno do futuro da Grécia seguiram no foco. Alguns investidores atribuíram as retrações às chamadas de margens.

Na Bolsa de Xangai, a principal da China, o índice Xangai Composto fechou em baixa de 1,3%, a 3.727,12 pontos. O Shenzhen Composto sofreu um tombo de 5,3%, a 1.932,83 pontos. Por sua vez, o ChiNext, que é composto por pequenas empresas e é conhecida como a Nasdaq chinesa, terminou o dia com desvalorização de 5,7%, a 2,352,01 pontos.

O índice Xangai Composto teve um declínio menor após a orientação do final de semana para os fundos de resgate investirem em fundos negociados em bolsa que monitoram blue chips, enquanto o índice permanecer abaixo dos 4.500 pontos.

Alguns analistas apontaram as quedas de hoje para as chamadas de margem, quando as corretoras acionam os investidores que têm dinheiro emprestado com elas a venderem seus papéis quando as ações caem abaixo de um determinado limiar.

"A pressão sobre chamadas de margem permanece pesada", disse Qian Qimin, analista da Shenyin Wanguo Securities. Enquanto alguns investidores chineses altamente alavancadas forem forçados a liquidar posições de margem, a onda vendedora deve continuar. "Todo esse processo, a nosso ver, pode durar mais algumas semanas", disse a Nomura em relatório.

A China lançou uma série de medidas para deter o frenesi de venda que já levou US$ 2,4 trilhões em valor de ações nas últimas três semanas. Entre as medidas estão cortes nos juros, criação do fundo de estabilização, suspensão de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) e injeção de capital para empréstimos para compras de ações.

Segundo dados da FactSet, 514 ações estão suspensas em Shenzhen e 162 em Xangai. Apesar da derrota recente, o valor das ações em Xangai estão 82% acima em relação ao ano passado, e 16% desde janeiro. Xangai se recuperou modestamente ontem, com alguns investidores e analistas atribuindo às compras pesadas de ações blue chips por fundos apoiados pelo Estado.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng estendeu as perdas e fechou em baixa de 1,03%, aos 24.975,31 pontos, após obter sua maior queda em três anos na segunda-feira. No mercado taiwanês, o Taiex caiu 0,1% a 9.250,16 pontos, enquanto em Seul, o índice sul-coreano Kospi perdeu 0,66%, a 2.040,29 pontos.

Por outro lado, na Oceania, a bolsa australiana acumulou o maior ganho diário desde meados de fevereiro. Os investidores ignoraram as preocupações dos últimos dias e retomaram as compras de ações ligadas a bancos. O S&P/ASX 200, que reúne as ações mais negociadas em Sydney, subiu 1,9%, a 5.581,40 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

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