Os líderes da União Europeia concordaram nesta sexta-feira em realocar 40 mil imigrantes ilegais que estão na Itália e na Grécia para outras países da região ao longo dos próximos dois anos, em um esforço para dividir o fardo do aumento de imigrantes.

Segundo o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o acordo foi alcançado em conversas realizadas de ontem para hoje e tem como objetivo mostrar "solidariedade com os países da linha de frente", em referência aos países que estão mais próximos do norte da África, de onde sai a maior parte dos imigrantes.

O presidente francês, François Hollande, disse ainda que a UE concordou em realocar mais 20 mil refugiados de conflitos no Oriente Médio, a maior parte oriunda da Síria e do Iraque. Só neste ano, mais de 114 mil imigrantes atravessaram o mar Mediterrâneo para desembarcar na Europa. Cerca de 2,6 mil morreram ou desapareceram durante a travessia.

A crise de imigrantes tem causado tensões no continente, com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, fazendo apelos emocionais para obter ajuda dos demais líderes da UE. Os líderes não detalharam quantos imigrantes devem ser realocados para cada país e Tusk informou que um acordo final também deve incluir apoio à Hungria, que tem recebido um terço de todos os que pedem asilo na UE desde o início do ano. Fonte: Associated Press