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Paris remove cadeados do amor

13:12 | 01/06/2015
Capital francesa inicia retirada de milhares de objetos deixados por casais como símbolo de amor eterno nas grades da célebre Pont des Arts. Prefeitura diz que cadeados danificam locais históricos. A prefeitura de Paris começou nesta segunda-feira (1°/06) a retirar milhares dos chamados "cadeados do amor" das grades de proteção da Pont des Arts, nas imediações do Museu do Louvre. Deixados por casais como símbolo de amor eterno, os cadeados estão danificando locais históricos da capital francesa, afirmam as autoridades. No ano passado, uma parte de 2,5 metros de comprimento da grade da Pont des Arts desabou devido ao peso dos cadeados. A prefeitura pretende remover 45 toneladas de tais lembranças de amor da ponte, correspondendo a um total de 700 mil a um milhão de cadeados. As atuais grades, ideais para a colocação dos objetos, serão substituídas por placas acrílicas. Enquanto os painéis não são instalados, as laterais da ponte serão ocupadas por obras de street art. "Paris deverá continuar sendo a capital do amor... Que os casais continuem a se declarar, a se pedir em casamento, pode ser sobre a Pont des Arts, mas sem pendurar um cadeado", disse o secretário-adjunto da Cultura, Bruno Julliard. Segundo Julliard, os cadeados não serão jogados fora. "Estamos refletindo sobre as diferentes formas de reciclá-los." A retirada dos cadeados vai levar uma semana e, segundo o secretário-adjunto, permitirá aos turistas parisienses redescobrir uma "perspectiva magnífica". Acredita-se que o ritual dos cadeados simbolizando o amor eterno tenha começado em Roma, sendo popularizado por dois romances de Federico Moccia, publicados em 1992 e 2006. Neles, o herói e a heroína penduram um cadeado com seus nomes num poste de uma ponte, beijando-se e jogando a chave nas águas do rio Tibre. Em Paris, a febre dos "cadeados do amor" começou em 2008 e já se espalhou por outras pontes da capital francesa e de diversas cidades do mundo, como Colônia, na Alemanha. "Paris, a primeira cidade do mundo a se livrar dos cadeados [] continuará a retirá-los, um a um, de todas as pontes", afirma Julliard. CA/dpa/ap/afp
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