Mais de 7.000 pessoas, segundo a polícia, se reuniram na noite de domingo, 21, no centro de Atenas, para protestar contra a política de austeridade às vésperas da reunião entre líderes europeus sobre o futuro da Grécia na Zona do Euro.

Os manifestantes receberam a visita de diferentes personalidades do partido no poder Syriza, como a presidente do Parlamento, Zoe Konstantopoulou, ou o ministro da Energia Panagiotis Lafazanis, em uma praça com vários cartazes com dizeres como "se não pararmos eles (os credores, ndlr), eles não vão parar", "não ao euro" ou "não podemos chantagear o povo, o país não está à venda".

"Estamos demonstrando esta noite contra as políticas de austeridade. Apoiamos o governo para que ele possa obter o melhor negócio possível para os gregos. Um acordo que nos coloca no caminho do desenvolvimento econômico e que nos permita viver com dignidade. Caso contrário, é inútil viver na Europa", resumiu Panagiota Bleta, uma escritora de 40 anos.

Os credores do país, UE, BCE, FMI, "secam minhas esperanças e sonhos, e eu quero que o nosso Primeiro-ministro saiba que estamos com ele. Esta noite e amanhã ele 'dança com lobos', mas não está sozinho, nós dançaremos com ele", explicou Dimtra Skiahou, que trabalha na iniciativa privada.

"Nós podemos fazer mais do que isso. Não apenas por causa da violência econômica que eles (os credores, ndlr) nos infligem, mas também por causa da violência psicológica que eles fizeram passar", acrescentou. O aposentado Costas está convencido de que "Tsipras não vai voltar atrás, caso contrário, será seu funeral político".

Cerca de 7.000 pessoas já haviam se manifestado em Atenas para mostrar apoio ao governo de Tsipras na quarta-feira. Mas no dia seguinte, quase a mesma quantidade de pessoas se reuniu na Praça do Parlamento para dizer que não quer uma saída do euro.

Outras manifestações de apoio ao governo grego ocorreram neste fim de semana na Europa, em Paris, Berlim, Roma, Bruxelas e Amsterdã, enquanto um acordo numa reunião excepcional da UE convocada para esta segunda-feira à noite, em Bruxelas, é visto como a única maneira de poupar o país de um calote no fim do mês.