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Mais de 103 mil migrantes atravessam Mediterrâneo em 2015

18:38 | 09/06/2015
Agência da ONU para refugiados registra nos primeiros meses do ano "aumento dramático" no número de pessoas que tentam chegar à Europa via Mar Mediterrâneo. Maioria foge da violência na Síria, Líbia e Afeganistão. Desde janeiro, mais de 103 mil migrantes arriscaram suas vidas na travessia do Mar Mediterrâneo para tentar chegar à União Europeia (UE), afirmou nesta terça-feira (09/06) a agência da ONU para refugiados (Acnur) ao relatar um aumento preocupante nesse fluxo migratório. Segundo o porta-voz da agência Adrian Edwards, a Acnur está "intensificando sua presença na Grécia e no sul da Itália, em resposta ao aumento dramático de refugiados e migrantes que vemos chegando". Somente nos últimos dias, navios europeus resgataram mais de 6 mil pessoas no Mediterrâneo. A grande maioria era de países da África subsaariana e partiram da Líbia em direção à Europa. De acordo com a Organização Internacional de Migração (OIM), cerca de 54 mil migrantes chegaram à Itália neste ano, um aumento de aproximadamente 10% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, a situação é mais preocupante na Grécia. Até o início de junho mais de 48 mil migrantes chegaram ao país. Um número bem maior do que o total registrado em 2014, que foi de 34 mil. A Espanha e Malta também são pontos de chegada de refugiados. Tendência de aumento Com o crescimento do fluxo migratório, as mortes em massa no Mediterrâneo também têm se tornado frequentes. A OIM estima que mais cerca de 1,8 mil migrantes já perderam a vida este ano, na tentativa de atravessar a região 30 vezes mais do que no mesmo período de 2014. A organização prevê ainda que o fluxo deve permanecer intenso durante o verão, devido às condições climáticas e à calma do Mar Mediterrâneo. "As operações de regaste realizadas pela frota internacional são um prelúdio do que é esperado ser a onda migratória nos próximos meses", afirmou o porta-voz da OIM Joel Millman. A maioria dos migrantes está fugindo de conflitos na Síria, Líbia e Afeganistão e também do regime totalitário da Eritreia. CN/afp/dpa
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