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Linho funerário egípcio de 3.400 anos é leiloado em Paris

A pintura foi leiloada por 374.000 euros

10:44 | 18/06/2015
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Uma frágil e rara pintura funerária numa tela de linho pertencente à XVIII dinastia egípcia (1400-1300 antes de Cristo) foi leiloada nesta quinta-feira, 18, pela parisiense Casa Piasa por 374.000 euros.

Esta é uma venda excepcional, já que é a primeira vez que uma tela funerária foi a leilão. Existem apenas 22 exemplares preservados em todo o mundo, a maioria guardada em grandes instituições como o museu do Louvre (Paris) e o museu Metropolitan (Nova York).

Ela mede 29 por 21 centímetros e foi descoberta por Henri-Pierre Teissèdre, diretor e curador da casa Piasa, entre os bens de Jeanne Loviton, editora, escritora e advogada que morreu em 1996.

Conhecida como "Ta-nedjem" ("doce país"), o defunto é representado de perfil, como mandava a tradição, sentado em uma poltrona na frente de uma pequena mesa de oferendas (pão, cabaças e pedaços de carne). "Oferta de tudo o que é bom e puro para o espírito de Ta-nedjem, justo de voz".

Estas obras de linho correspondem a um tipo de tecido funerário descoberto em Deir el-Medineh (Vale dos Reis), onde morava a irmandade dos artesãos responsáveis pela construção de túmulos e templos mortuários dos faraós durante o Império Novo, segundo o especialista Christophe Kunicki.

A tela é feita do mesmo material usado para embrulhar múmias. Estas peças eram colocadas em mortalhas, em torno do sarcófago, como mostra a única cópia encontrada no local.

AFP

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