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FMI avalia que é impossível Grécia atingir meta de dívida "em qualquer cenário"

11:30 | 26/06/2015
A meta para a redução da dívida da Grécia, estabelecida em 2012, hoje é impossível de ser cumprida "em qualquer cenário", segundo uma nova análise do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a sustentabilidade da dívida grega.

O documento do FMI, que foi entregue ao Parlamento da Alemanha e ao qual o Wall Street Journal teve acesso, também sugere que a Grécia receberá um terceiro programa de ajuda de seus credores, além dos resgates anteriores já concedidos.

O FMI considera três cenários diferentes para a Grécia: um em que Atenas implementa plenamente as reformas necessárias, outro em que a implementação é apenas parcial e um terceiro que mostra a trajetória mais provável na opinião do Fundo.

Pelo cenário mais provável do FMI, a dívida da Grécia será equivalente a 142,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Esse é um nível bem superior à meta de "algo bem abaixo de 110%", estipulada em novembro de 2012.

Por outro lado, o documento insiste que a dívida grega ainda pode ser considerada sustentável nos cenários de implementação total ou parcial de seu programa de ajuda. Isso porque os empréstimos da zona do euro, que compõem uma grande parte da dívida de Atenas, foram concedidos a juros muitos baixos e, de modo geral, não terão de ser pagos por muitas décadas.

Na hipótese de implementação total, o FMI prevê a dívida grega em 124% do PIB em 2022 e, com implementação parcial, em 135%. O documento atribui a piora da trajetória da dívida grega ao impasse entre Atenas e credores para fechar um novo acordo de ajuda.

Na terça-feira (30), Atenas tem uma dívida de 1,55 bilhão de euros a saldar com o Fundo Monetário Internacional (FMI). No mesmo dia, vence a porção da zona do euro no atual programa de ajuda da Grécia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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