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Fifa nega envolvimento de Valcke em corrupção

13:31 | 02/06/2015
Entidade afirma que ninguém de seu alto escalão político está envolvido na transferência de 10 milhões de dólares ao ex-vice-presidente Jack Warner. Dinheiro teria sido enviado para uso em projeto social. Em comunicado divulgado nesta terça-feira (02/06), a Fifa reconheceu ter realizado o pagamento de 10 milhões de dólares, mas negou que o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, tenha sido a pessoa a autorizar, em 2008, a transferência do dinheiro ao então presidente da Concacaf, Jack Warner. "Nem o secretário-geral, Jérôme Valcke, nem qualquer outro membro da alta gerência da Fifa estiveram envolvidos na iniciação, aprovação e implementação do pagamento", afirma o comunicado. A Fifa diz que o pagamento foi aprovado pelo então presidente do Comitê de Finanças, o argentino Julio Grondona, um membro de longa data do Comitê Executivo da Fifa e que morreu no ano passado. O comunicado explica que os 10 milhões de dólares foram retidos do orçamento operacional do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Segundo a entidade, o COL pediu à Fifa que repassasse o dinheiro para um projeto de apoio "à diáspora africana em países caribenhos como parte do legado da Copa do Mundo". A declaração da Fifa veio poucas horas depois de o jornal americano The New York Times ter publicado que as autoridades americanas acreditam que foi Valcke que transferiu o dinheiro para contas bancárias controladas por Warner, que também é ex-vice-presidente da entidade. O New York Times também informou que Valcke negou as acusações num comunicado enviado por e-mail à redação do jornal. O pagamento de 10 milhões de dólares é a base de uma investigação conduzida pelo Departamento de Justiça dos EUA, que levou à prisão de diversos cartolas do futebol mundial, em Zurique, na semana passada, e ao indiciamento de um total de 14 pessoas sob a acusação de extorsão, fraude e lavagem de dinheiro. Jack Warner se entregou às autoridades em Trinidad e Tobago, mas foi liberado sob fiança. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, que foi reeleito para um quinto mandato na sexta-feira, negou ser o não identificado "alto funcionário" nomeado na acusação americana como o responsável pelo pagamento de 10 milhões de dólares. PV/afp/ap/rtr
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