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Entenda o misterioso vírus Mers

09:28 | 16/06/2015
Surto da Síndrome Respiratória do Oriente Médio, o novo coronavírus, na Coreia do Sul é o maior já apresentado fora do Oriente Médio. Identificada em 2012, doença mata mais de um terço dos infectados. A Coreia do Sul vive o maior surto da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) fora da Península Arábica desde que o vírus foi descoberto, em 2012. Segunda a Organização Mundial da Saúde (OMS), o novo coronavírus é zoonótico, ou seja, é transmitido de animais para humanos. Especialistas, porém, têm debatido qual a origem exata da doença se é proveniente de camelos ou morcegos e de que forma houve a mutação. O vírus foi observado pela primeira vez em 2012, na Arábia Saudita, onde um surto deixou mais de 400 mortos e mil infectados. E, ainda que seja mais comumente encontrado na Península Arábica, casos já foram confirmados na Europa, na Ásia e na América do Norte. Como o vírus é contraído? Embora acredite-se que o vírus tenha sido originalmente transmitido aos humanos via animais, o contato homem a homem tem sido o maior colaborador para a disseminação. Entretanto, a maioria das pessoas que têm contato com infectados raramente contrai o vírus. Aproximadamente 36% dos casos de Mers em todo o mundo resultaram em morte. Na Coreia do Sul, o número é significativamente menor, com apenas 10% de óbitos entre os infectados. Em meio aos esforços para conter a disseminação da doença, o número de casos registrados tem caído após atingir o pico no início de junho. Segundo o virologista Christian Drosten, o vírus não se apresenta imediatamente perigoso para a Europa. Quem corre perigo? Apresenta maior risco de contrair a doença quem viaja até a Península Arábica, além de quem tem contato direto com camelos e aqueles que frequentarem os sistemas de saúde da Coreia do Sul. Quais são os sintomas? O Mers pode apontar sintomas como tosse, febre e pneumonia. Mas alguns casos foram assintomáticos, sem que as pessoas demonstrassem sinais do vírus. Na Coreia do Sul, o novo coronavírus tem se agrupado principalmente em torno de instituições de saúde, onde o número de transmissões é mais elevado. Qual é o tratamento? De acordo com a OMS, não há vacinas ou tratamentos antivirais para a doença. Os sistemas de saúde ajudam a aliviar os sintomas e fornecem serviços de quarentena, mas o vírus, uma vez contraído, não pode ser contido: é necessário esperar que ele deixe o corpo. Autor: Lewis Sanders IV (gb)Edição: Rafael Plaisant
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