Entenda a proposta que os credores fizeram à Grécia
Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional prometeram 15,5 bilhões de euros a Atenas até o final de novembro. Mas, em troca, os gregos deveriam implementar medidas de austeridade.
Líderes gregos e credores internacionais se reuniram neste sábado (27/06), em Bruxelas, para negociar termos sobre uma proposta enviada à Atenas pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional na última quinta-feira.
De acordo com o documento, Atenas poderia receber 15,5 bilhões de euros em financiamentos da UE e FMI, em quatro parcelas, até o final de novembro. Esse valor é um pouco mais do que o necessário para a Grécia conseguir pagar o serviço da dívida nos próximos seis meses e não precisar de mais dinheiro.
O valor seria dividido da seguinte forma:
3,3 bilhões de euros viriam do lucro sobre a venda de papéis da dívida pública grega obtidos pelo BCE;
8,7 bilhões de euros do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), valor que originalmente era previsto para a recapitalização dos bancos gregos;
3,5 bilhões de euros do FMI, montante que é parte do atual programa de resgate e que ainda não havia sido desembolsado.
Um novo financiamento exigiria um terceiro programa de resgate, o que, politicamente, é impossível neste momento para Atenas e Berlim. Entre as demandas necessárias para Atenas receber o valor estão a redução de pensões, cortes nos salários de funcionários públicos, aumento de impostos sobre alimentos, restaurante e turismo, e a eliminação de isenções fiscais em ilhas turísticas o que já causou protestos no país, um quarto da população está desempregado.
FC/rtr/lusa/ap/afp