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Copiloto não estava mais apto para voar, afirma promotoria

20:07 | 11/06/2015
Investigadores descobrem que Andreas Lubitz se consultou com 41 médicos em cinco anos. Sete consultas aconteceram no mês anterior ao da queda do voo 4U-9525. Copiloto sofria de problemas de visão e psicose. O copiloto Andreas Lubitz que derrubou o avião das Germanwings nos Alpes franceses não estava mais apto para voar, informou nesta quinta-feira (11/06) o promotor de Marselha Brice Robin, responsável pela investigação sobre a queda do voo 4U-9525. De acordo com a promotoria, em cinco anos Lubitz se consultou com 41 médicos, sendo que sete consultas foram marcadas somente no mês que antecedeu a tragédia. Entre os especialistas procurados pelo copiloto estavam clínicos gerais, psiquiatras, neurologistas e oftalmologistas. Sua mãe e sua namorada o acompanharam em algumas ocasiões. Lubitz estava abalado, instável e psicologicamente doente e assim, no momento da tragédia, não estava apto para voar, disse o promotor. A investigação descobriu que o copiloto tinha medo de perder a visão e, consequentemente, o emprego. Segundo Robin, o copiloto tinha problemas de visão que possivelmente estavam relacionados a uma doença mental. Lubitz havia dito a um dos médicos que só conseguia dormir duas horas por noite. Além de insônia, ele sofria de psicose e depressão. Responsabilidade da empresa O promotor ressaltou que muitos dos médicos ouvidos durante a investigação também constaram que o jovem não estava apto para voar, porém, devido a leis que protegem a privacidade do paciente na Alemanha, eles não puderam repassar essa informação à Germanwings. Não há indícios de colegas de Lubitz soubessem de sua condição psicológica. A promotoria confirmou ainda que investigadores alemães descobriram que Lubitz fez pesquisas na internet sobre drogas, como o diazepam, sobre maneiras de cometer suicídio e sobre problemas na visão. Apesar de não haver indícios de que a Germanwings ou a Lufthansa tivessem conhecimento da situação de saúde do copiloto, Robin anunciou que abrirá uma investigação para apurar a responsabilidade da empresa na tragédia. O promotor disse que o inquérito criminal investigará se erros foram cometidos no monitoramento da saúde mental de Lubtiz. A investigação constatou também que avião não apresentou nenhum problema de manutenção, confirmando assim que o copiloto derrubou deliberadamente a aeronave, que voava de Barcelona para Düsseldorf. Todas as 150 pessoas a bordo morreram quando o avião caiu nos Alpes franceses no dia 24 de março. CN/rtr/lusa/dpa/ap
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