PUBLICIDADE
Notícias

BCE mantém crédito emergencial para bancos da Grécia

09:59 | 28/06/2015
Instituição prossegue com nível atual de 90 bilhões de euros em empréstimos para o sistema bancário grego, que perde capital devido à corrida da população aos caixas eletrônicos por causa do clima de incerteza no país. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou neste domingo (28/06) que vai manter o nível atual de cerca de 90 bilhões de euros em créditos de emergência para os bancos gregos. As instituições bancárias do país dependem há meses dos empréstimos emergenciais, os chamados Emergency Liquidity Assistance (ELA), que são autorizados pelo guardião do euro. O Conselho de Governadores do BCE deu a luz verde na semana passada às ajudas aos bancos gregos, que sofrem perda de capital por conta da corrida da população aos caixas eletrônicos devido ao clima de incerteza sobre o futuro do país. Sem a ajuda, os bancos gregos iriam quebrar. O BCE afirmou que vai continuar a colaborar de forma estreita com o Banco da Grécia para manter a estabilidade financeira do país, e acrescentou que poderá reconsiderar a decisão sobre o nível atual de crédito. Além disso, a instituição monitora a situação dos mercados financeiros e potenciais implicações para a orientação da política monetária da região do euro. "Vamos continuar trabalhando em estreita colaboração com o Banco da Grécia e apoiamos firmemente o compromisso dos países-membros em tomar medidas para solucionar as fragilidades das economias que fazem parte da zona do euro", afirmou o presidente do BCE, Mario Draghi. Os créditos ELA são outorgados pelo Banco Central da Grécia, mas precisam do aval do BCE, que pode freiar os empréstimos por meio de uma votação com uma maioria de dois terços dos seus integrantes seis membros da diretoria da instituição e os 19 governadores dos bancos centrais dos países da zona do euro. Mesmo com a autorização, cresce a resistência do BCE de outorgar mais linhas de crédito de emergência à Grécia. Um dos maiores opositores, o presidente do Banco Central alemão, Jens Weidmann, reiteirou na quinta-feira suas fortes críticas a medida pensada, em princípio, para auxiliar os bancos solventes em caso de urgência e a título temporário. FC/dpa/rtr/afp/ap/efe
TAGS