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Polícia italiana prende suspeito de ataque a museu na Tunísia, em março

16:35 | 20/05/2015
A polícia italiana prendeu um homem suspeito de participar do ataque a um museu na capital da Tunísia em março, que deixou mais de 20 mortos.

A polícia identificou o homem como Abdel Majid Touil, um cidadão marroquino nascido em 1993, que chegou na Itália em fevereiro em um barco de imigrantes, que transportava cerca de 90 pessoas que partiram do norte da África, informou a polícia.

A polícia não disse como e quando Touil foi para a Tunísia, nem como ele voltou para a Itália depois do ataque.

Ele foi preso em Gaggiano, uma cidade nos arredores de Milão, na casa onde sua mãe e dois irmãos vivem legalmente.

O ataque ao Museu Bardo, um dos locais turísticos mais populares de Túnis, atingiu um país que tem sido quase sempre poupado da violência que tomou conta da Líbia, seu vizinho ao leste. Os mortos no ataque eram, em sua maioria, estrangeiros, entre eles quatro italianos.

A detenção foi realizada a pedido de autoridades da Tunísia, disse Bruno Megale, chefe de um setor especial da polícia italiana.

Pouco depois de chegar em Porto Empedocle, na Sicília, em fevereiro, Touil chegou a receber uma ordem de expulsão do Ministério do Interior, pois não foi reconhecido pelas autoridades italianas.

A prisão do Touil marca o primeiro exemplo concreto de terroristas escondidos entre os milhares de imigrantes africanos e do Oriente Médio que chegaram na Itália de barco ao longo dos últimos dois anos. No ano passado, cerca de 170 mil pessoas foram para a Itália pelo mar Mediterrâneo, a grande maioria vinda da Líbia. Até agora neste ano, quase 39 mil pessoas já desembarcaram.

O enorme fluxo de imigrantes provenientes da Líbia, onde militantes do Estado islâmico se expandiram nos últimos meses, levantou um alarme na Itália e em outros lugares de que os terroristas poderiam usar as embarcações para chegar à Europa.

A detenção de uma pessoa suspeita de envolvimento no ataque da Tunísia pode ampliar o debate já preocupante sobre como deter o fluxo de imigrantes que tem chegado de barco. Fonte: Dow Jones Newswires.

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