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Com Guardiola sob pressão, Bayern tenta "missão impossível"

17:25 | 11/05/2015
Time bávaro precisa vencer Barcelona por quatro gols de diferença para ir à decisão da Liga dos Campeões. Questionado, técnico terá que fazer ataque produzir, mas sem ceder espaço para Messi, Neymar e Suárez atrás. O Bayern de Munique chega para o duelo decisivo desta terça-feira (11/05), pela semifinal da Liga dos Campeões, com a missão, tida por muitos como impossível, de vencer o Barcelona por quatro gols de diferença. E isso com o antes aclamado técnico Pep Guardiola sob pressão. Desde a derrota por 3 a 0 no jogo de ida, em Barcelona, o técnico vem sendo questionado por torcedores, imprensa e por pelo menos dois grandes nomes do Bayern: o presidente honorário e maior ídolo do clube, Franz Beckenbauer, e o ex-goleiro Oliver Kahn. O principal ponto, para ambos, está nas escolhas de Guardiola: substituir Thomas Müller por Mario Götze no Camp Nou, por exemplo, foi uma delas, classificada por Beckenbauer como "incompreensível." Outra foi a estratégia adotada na defesa. "Também me surpreendeu que ele tenha usado o sistema com três zagueiros", disse Beckenbauer. "É extremamente perigoso." A tentativa de impor uma marcação individual sobre o trio Neymar-Suárez-Messi, definitivamente, não funcionou. Ficou, aliás, muito aquém do esperado. Guardiola colocou Rafinha na esquerda, em cima de Suárez, com Boateng centralizado para cuidar de Messi, e Benatia na direita para tentar conter os ágeis avanços de Neymar. "Em linhas gerais, não surtiu qualquer efeito. É ousado apostar na marcação homem a homem lá atrás. Guardiola talvez não contasse com tantos passes longos do Barcelona", criticou Kahn, hoje comentaria na TV alemã. Resultado: se não fosse Manuel Neuer, o primeiro tempo já poderia ter terminado com boa vantagem catalã. Foram pelo menos três oportunidades claras de gol. As variações táticas e de escalações sempre foram uma marca de Guardiola. Só que, desta vez, os resultados não vieram exceção feita ao Campeonato Alemão. Tal qual contra o Porto, o Bayern precisará atacar na Allianz Arena. A diferença, básica, é que o Porto não é o Barcelona. Diante dos portugueses, Guardiola montou um esquema para bloquear qualquer possibilidade de investida e de saída rápida do oponente no meio. Com até cinco jogadores (Xabi Alonso; Lahm, pela direita; Götze, mais à esquerda; Müller, centralizado; e Thiago Alcântara), a faixa central do campo povoada possibilitou ao Bayern atacar com força, chegando de trás para frente com muita velocidade e a habitual precisão. O problema: até sofrer o primeiro gol, o Porto conseguiu segurar bem a equipe alemã. Não é impossível um time como o Bayern, que deve entrar em campo com pelo menos quatro campeões mundiais pela seleção, conseguir uma virada surpreendente e avançar, rumo à decisão de Berlim, no dia 6 de junho. "Se não passarmos, não vai acontecer nada. Sou o melhor por ganhar tudo? Ganhei por ter superjogadores", disse Guardiola, na véspera da partida. O porém é que, do outro lado, há um Barcelona muito compacto e certeiro nos três setores, com um contra-ataque mortal. Se com poucos espaços esse atual Barça já consegue entrar a toques e dribles nas áreas adversárias, com alguns metros sobrando poderá, talvez, até vingar-se do placar agregado de 7 a 0 que o Bayern impôs na semifinal de 2013. Ficha técnica: Bayern: Neuer; Rafinha, Boateng, Benatia, Bernat; Lahm, Alonso, Thiago Alcántara; Müller, Lewandowski, Götze. Barcelona: Stegen; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Jordi Alba; Rakitic, Busques e Iniesta; Neymar, Suárez e Messi. Arbitragem: O inglês Mark Clattenburg, auxiliado pelos compatriotas Simon Beck e Jake Collin. Local: Allianz Arena, Munique. Autor: Guilherme BeckerEdição: Rafael Plaisant
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