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Coalização militar liderada pela Arábia Saudita ataca rebeldes no Iêmen

18:00 | 19/05/2015
Grupos rebeldes do Iêmen sofreram duros ataques liderados pelos sauditas, os mais violentos desde o fim do cessar-fogo no domingo no país. O bombardeio teve início logo depois da zero hora de hoje (hora local), com ataques que atingiram rebeldes concentrados em montanhas próximas à capital iemenita, Sanaa, onde tanques, mísseis e artilharia eram mantidos.

No fim do dia, uma nova onda de ataques atingiu montanhas localizadas próximas à capital. Dezenas de famílias que moram próximas à área dos bombardeios fugiram com seus pertences para lugares mais seguros. Fortalezas dos houthis foram atingidas no norte do Iêmen. Também na cidade de Taiz, a oeste, na cidade de Aden, no sul do país, e na província de Marib, ao leste, rebeldes foram atingidos.

Os bombardeios ainda alvejaram uma casa de propriedade do presidente deposto Ali Abdullah Saleh, nos subúrbios de Sanaa. O paradeiro de Saleh ainda é desconhecido, embora seus aliados tenham juntado forças com rebeldes. A união dos defensores de Saleh com os rebeldes pavimentou caminho para que tomassem a capital do país em setembro passado, e impulsionou sua capacidade de avançar em direção à cidades mais ao sul do país, em um esforço para aumentar seus ganhos territoriais.

Por medo de novos ataques, residentes das vizinhanças das casas de Saleh fugiram, com seus pertences, para regiões menos vulneráveis a bombardeios, já que a maior parte das propriedades do presidente foram ocupadas por líderes dos houthis.

Em resposta aos ataques recentes, os houthis bombardearam a região de Najran, fronteiriça com a Arábia Saudita. Nessa mesma região também foram noticiados confrontos entre homens dos houthis e tribos que teriam sido armadas pelos sauditas.

O conflito no Iêmen já matou cerca de 1.820 pessoas e feriu outras 7.330 desde 19 de março, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas. De acordo com o mesmo levantamento, cerca de meio milhão de pessoas estão sem teto como consequência do conflito. Fonte: Associated Press.

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