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Afeganistão condena policiais por linchamento de mulher

10:39 | 19/05/2015
Ativistas em defesa dos direitos da mulher carregam caixão de Farkhunda durante o enterro, em CabulOnze agentes são sentenciados a um ano de prisão por não terem protegido uma mulher de 27 anos, linchada até a morte em Cabul depois de ter sido falsamente acusada de queimar o Alcorão. Um tribunal do Afeganistão condenou nesta terça-feira (19/05) 11 policiais a um ano de prisão por terem falhado na proteção de uma mulher que foi linchada até a morte por uma multidão em Cabul, há dois meses, depois de ter sido falsamente acusada de blasfêmia. "Estão condenados por negligência de serviço a um ano de prisão", disse o juiz Safiullah Mojaddidi aos 11 acusados. O grupo inclui oficiais superiores, entre eles um chefe de polícia. Outros oito policiais foram declarados inocentes. Em 19 de março passado, a mulher, de nome Farkhunda e com 27 anos, foi barbaramente agredida, e seu corpo foi posto em chamas pela multidão, depois de ter sido falsamente acusada de queimar um exemplar do Alcorão. O caso provocou uma onda de protestos contra o extremismo religioso na capital e apelos pela proteção dos direitos das mulheres no Afeganistão. Uma multidão compareceu ao enterro de Farkhunda, em 22 de março. Ao todo, 49 pessoas foram detidas por causa do linchamento e morte de Farkhunda, entre elas 19 policiais. No início de maio, quatro acusados foram condenados à morte na forca e outros oito receberam 16 anos de prisão. Dezoito foram inocentados. AS/lusa/afp/dpa
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