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Irã se oferece para mediar entre Assad e oposição síria

15:00 | 15/07/2012
Após numerosas iniciativas em vão, os planos de paz interna na Síria permanecem irrealizados. A oposição recorre cada vez mais à resistência armada, enquanto entra em cena o Irã, aliado do regime Assad. O Irã se oferece para dar partida a um diálogo entre o governo e oposição na Síria. O anúncio foi feito neste domingo (15/07), pela agência de notícias ISNA, citando o ministro iraniano do Exterior, Ali Akbar Salehi. Segundo o comunicado, o Irã estaria disposto a convidar para conversas "entre o governo sírio e grupos oposicionistas", num esforço para dar fim ao conflito. Enfatizou-se, na declaração de Salehi, que "a República Islâmica está pronta para sentar-se à mesa com a oposição síria e convidá-la a ir até o Irã". O país é o principal aliado regional do presidente sírio, Bashar al Assad. Apesar da atitude refratária dos Estados Unidos e do ceticismo europeu, recentemente o enviado especial da ONU na Síria, Kofi Annan, defendeu a integração do Irã nos esforços pela paz. Em abril último, Annan viajou também para Teerã, onde se reuniu com Salehi. Apoio de Moscou O Kremlin declarou que Annan é esperado na próxima terça-feira (17/06) na capital russa, para um encontro com o presidente Vladimir Putin. Na ocasião, Moscou irá reforçar seu apoio ao plano de paz do ex-secretário-geral da ONU. Tal apoio será "o único fundamento praticável para a solução dos problemas internos da Síria", segundo o governo russo. Integrante do Conselho de Segurança das Nações Unidas com poder de veto, a Rússia é um aliado próximo de Assad. Recentemente o país recebeu também uma delegação da oposição síria, porém sem que ocorresse uma aproximação. Annan "precipitado" Damasco voltou a rechaçar as acusações dos oposicionistas de que houve um massacre na localidade de Tremseh. "Não se tratou de uma ofensiva do Exército contra civis, mas sim de combates entre o Exército regular e grupos armados", assegurou o porta-voz do Ministério sírio das Relações Exteriores. O órgão detalhou, ainda, que durante o incidente não haveriam morrido 150 pessoas, como alegado pela oposição, mas sim 37 combatentes armados e dois civis. Damasco negou também o emprego de tanques e helicópteros no ataque ao lugarejo na província de Hama: segundo o governo, o Exército empregou apenas veículos para transporte de tropas e armas leves, como mísseis antitanques. Tampouco haveriam sido utilizados aviões e artilharia. A afirmativa em contrário do enviado especial Kofi Annan teria sido "muito precipitada", não correspondendo aos fatos, arrematou o porta-voz do ministério. Em carta ao Conselho de Segurança da ONU, Annan criticou a mobilização de "artilharia, tanques de combate e helicópteros". Esse posicionamento foi confirmado por observadores das Nações Unidas in loco. AV/ afp,rtr Revisão: Soraia Vilela

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