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Grupo acusa Israel de legalizar assentamento

20:45 | 16/07/2012
A organização Peace Now acusou, nesta segunda-feira, o governo de Israel e estar silenciosamente legalizando um posto avançado no Vale do Jordão, medida que deve atrair críticas internacionais. O Peace Now disse que o Ministério da Defesa deu aprovação tácita para o posto avançado de Givat Salit, na parte norte do Vale do Jordão.

"No último mês, o Ministério da Defesa deu autorização ao posto avançado ilegal de Givat Salit, apesar do compromisso de Israel em evacuá-lo", diz um comunicado do grupo.

Sob os termos do mapa do caminho, apoiado pelos Estados Unidos e que foi lançado pelo Quarteto para o Oriente Médio em junho de 2003, Israel se compromete a remover todos os postos avançados não autorizados a partir de março de 2001.

Não foi possível entrar em contato com a Cogat, a unidade do Ministério da Defesa responsável por assuntos civis na Cisjordânia.

"O governo não quer emitir uma decisão oficial legalizando o posto avançado porque isso pode levar a críticas internacionais. A autorização não foi anunciada publicamente e foi descoberta pelo Peace Now", diz o documento.

Israel faz diferença entre assentamentos "legais" e postos avançados "ilegais", estabelecidos sem permissão do governo, mas a comunidade internacional vê todos os assentamentos em territórios ocupados como uma violação da lei internacional.

Givat Salit foi estabelecido em setembro de 2001 e hoje abriga 14 famílias. Segundo o Peace Now, Givat Salit foi legalizado ao ser considerado uma bairro do assentamento de Mechola, apesar da existência de uma importante rodovia entre as duas localidades.

O grupo afirma que o Ministério usou o mesmo método em fevereiro para conferir status legal a outro posto, chamado Shvut Rachel, que foi considerado um "bairro" do assentamento de Shilo.

Dois meses mais tarde, Israel atraiu críticas internacionais ao conferir status legal a outros três postos avançados - Bruchin, Rechelim e Sansana - que se somaram aos atuais 120 assentamentos oficiais espalhados pela Cisjordânia ocupada, e que abrigam mais de 342 mil pessoas. De acordo com o Peace Now, há mais de 100 postos avançados "ilegais" estabelecidos por vários governos israelenses desde a década de 1990. As informações são da Dow Jones.

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