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AFP - Para EUA, direitos humanos na China continuam se deteriorando

17:00 | 25/07/2012

WASHINGTON, 25 Jul 2012 (AFP) - A situação dos direitos humanos na China continua se deteriorando, alertou esta quarta-feira um alto funcionário americano após dois dias de reuniões em Washington com autoridades chinesas.

"A situação global dos direitos humanos na China continua se deteriorando", afirmou Michael Posner, secretário de Estado adjunto para os Direitos Humanos, que afirmou ter discutido com seus interlocutores chineses uma dezena de casos.

"Falamos de um número de casos de advogados, bloggers, ativistas de ONGs, jornalistas, líderes religiosos e outros que tenham reivindicado direitos universais e pedido reformas pacíficas na China", explicou Posner à imprensa.

O especialista afirmou que muitos deles foram detidos como parte de políticas de "detenção e prisões ilegais daqueles que desafiam ações oficiais e políticas na China".

Durante as reuniões com os interlocutores chineses, liderados por Chen Xu, diretor-geral do ministério das Relações Exteriores, os Estados Unidos também trouxe o debate sobre a situação das comunidades uigur e tibetana na China.

Washington também mencionou preocupação com a falta de acesso ao assessoramento legal por parte dos detidos e pediu a Pequim que liberte a maioria dos advogados e ativistas, incluindo a prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo.

"Em qualquer sociedade pensamos que é responsabilidade do governo dar ao seu próprio povo a oportunidade de manifestar suas preocupações e perseguir suas aspirações", declarou Posner.

Por outro lado, a Casa Branca tachou de "construtivas" as conversas mantidas entre um conselheiro do presidente Barack Obama com altos funcionários chineses, entre eles o presidente e seu vice, durante as quais foram abordadas as questões de Síria, Irã e Coreia do Norte.

"O conselheiro de Segurança Nacional Tom Donilon participou de conversas construtivas, precisas e de grande alcance com estes funcionários, entre eles o presidente Hu Jintao (e) o vice-presidente Xi Jinping", disse Tommy Vietor, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

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