No Congresso, Cristina destaca recuperação econômica
Com as galerias repletas de militantes do grupo de jovens La Cámpora, liderado pelo filho Máximo Kirchner, e outros movimentos populares de apoio ao governo, Cristina foi fortemente aplaudida em cada um dos temas abordados em seu discurso. Ao destacar as vitórias de sua administração na economia, a presidente preferiu usar números do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e G-20 porque, segundo ela, "alguns confiam mais nesses indicadores do que nos argentinos".
"Desde 2003, tivemos um dos maiores crescimentos econômicos que há na memória. Depois da Índia e China, a Argentina foi o país que mais cresceu nesses anos", disse Cristina. Também comparou a evolução do PIB nos últimos 40 anos. "A média de crescimento econômico da Argentina destes anos foi de 7,9%, o que coloca a Argentina com o processo econômico mais importante da região", ressaltou.
Mencionando dados do FMI, a presidente disse que o "crescimento do PIB em relação ao poder aquisitivo de um dólar em cada país, considerando a cotação do câmbio, em 2003 era de US$ 8.700 mil e hoje é de US$ 17.366 mil per capita". Os resultados, segundo ela, não vieram por ventos externos favoráveis, mas pela política econômica consistente. Sempre citando números, a presidente repassou cada um dos setores produtivos do país e áreas do governo. E defendeu a criticada política de subsídios que, segundo ela, foi uma das responsáveis pelo "desenvolvimento e crescimento dos argentinos e de inúmeras empresas".
"O crescimento da Argentina se explica a partir de um modelo de desenvolvimento que fez do consumo popular e a distribuição de renda suas principais bandeiras, que nos permitiu crescer", afirmou. A presidente também se gabou de não precisar de financiamentos externos para sustentar a economia e mencionou a legislação de 2005 que "impede a chegada ao país de capitais financeiros especulativos, que evita saltos monetários que não temos tido, à margem do sistema de flutuação administrada do câmbio que temos tido com sucesso".