Índia e China tentam delimitar áreas de influência
A economia vietnamita, que cresce rapidamente, e suas reservas naturais como o petróleo e gás natural, são uma atração para a Índia, que como a China busca reservas de energia para alimentar a sua forte expansão econômica. Nesta quinta-feira, o ministro de Relações Exteriores da Índia, S.M. Krishna, recebeu em Nova Délhi o chanceler da China, Yang Jiechi. Enquanto os dois conversavam, exilados tibetanos protestavam nas ruas, em frente ao ministério. A polícia deteve pelo menos doze manifestantes.
A reunião serviu para reduzir as tensões entre a Índia e China. Os dois gigantes asiáticos nunca tiveram relações fáceis e uma disputa de fronteiras levou a uma guerra breve, embora sangrenta, em 1962 no Himalaia. A China reivindica o Estado de Arunachal Pradesh, no nordeste da Índia e majoritariamente habitado por tibetanos e birmaneses, como seu território. Já o chanceler indiano Krishna disse recentemente que a Índia "não tolerará a interferência externa da China em assuntos territoriais indianos".
Outro ponto de irritação para a China é a presença do dalai-lama, líder espiritual tibetano, na Índia. O dalai-lama vive na Índia desde 1959 e é na Índia que funciona o governo tibetano no exílio.
Os chanceleres da Índia e da China também discutiram a preparação para a cúpula de líderes das cinco economias emergentes do mundo, os Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que se reunirão em Nova Délhi em 28 e 29 de março.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.