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Protestos contra os EUA deixam dezenas de feridos no Afeganistão

08:32 | 22/02/2012
País enfrenta segundo dia de protestos depois de soldados norte-americanos terem admitido a queima do livro sagrado dos muçulmanos. Washington e Otan desculparam-se pelo que classificaram como "tratamento inapropriado". Dezenas de pessoas ficaram feridas nesta quarta-feira (22/02), no segundo dia de protestos no Afeganistão depois que a Otan admitiu que seus soldados em missão no país queimaram cópias do Alcorão o livro sagrado dos muçulmanos. Mais de mil manifestantes enfrentaram a polícia nas cidades de Cabul, Jalalabad e Herat. Segundo testemunhas, foram disparados tiros contra a multidão nos subúrbios de Cabul, depois que manifestantes ultrapassaram barreiras policiais e destruíram janelas das viaturas. Também carros e lojas foram depredados. Na cidade de Jalalabad, manifestantes enalteceram o líder talibã mulá Omar. "Tratamento inapropriado" O governo norte-americano e o comandante das forças da Otan no Afeganistão, John Allen, desculparam-se pelo que classificaram como "tratamento inapropriado" de objetos sagrados. O secretário norte-americano de Defesa, Leon Panetta, divulgou um pedido de desculpas, na tentativa de conter a fúria dos afegãos. Os Estados Unidos e a Otan ressaltaram que seus soldados receberão treinamento especial a partir de 3 de março para aprender a lidar com objetos religiosos. Nesta terça-feira, trabalhadores haviam encontrado cópias carbonizadas do Alcorão quando recolhiam o lixo na base aérea de Bagram. Os livros queimados haviam sido levados da biblioteca de um centro de detenção na base aérea, sob a suposição de conterem mensagens extremistas. Presos são suspeitos de terem usado os livros como meio para trocar mensagens secretas. O incidente acontece um mês após a divulgação de um vídeo mostrando quatro homens com uniformes militares norte-americanos urinando sobre os corpos de supostos rebeldes talibãs. MSB/rtr/afp/dpa Revisão: Roselaine Wandscheer

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