Líder islamita ordena fim des ataques contra civis na Rússia
Dokou Oumarov afirma que a população russa já não apoia mais o governo de Vladimir Putin
MOSCOU, 3 Fev 2012 (AFP) -O líder da rebelião islamita do Cáucaso russo, que reivindicou vários atentados em Moscou, decretou o fim dos ataques contra civis na Rússia, justificando que a população já não apóia o regime de Vladimir Putin.
"Os atuais eventos na Rússia (as manifestações da oposição) mostram que a população russa não deseja mais o regime de Putin", declarou Dokou Oumarov, em um vídeo postado nesta sexta-feira, 3, no site rebelde kavkazcenter.com.
Por esta razão, "ordeno a todos os grupos de sabotagem, que têm como missão aplicar nosso plano de operações especiais na Rússia, a colocar fim nas operações que poderiam ferir a população civil", prosseguiu Dokou Oumarov, que foi filmado na natureza, com uma barba longa e mal tratada.
Oumarov reivindicou o atentado no aeroporto Moscou-Domodedovo em janeiro de 2011 (37 mortos) - uma resposta aos crimes das forças russas contra os rebeldes no Cáucaso, segundo ele - e o atentado duplo no metrô de Moscou em 2010 (40 mortos).
Ele é procurado há anos pelas autoridades russas e, no ano passado, os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 5 milhões de dólares por informações que ajudem a localizá-lo.
O primeiro-ministro russo Vladimir Putin, favorito na eleição presidencial de março depois de dois mandatos no Kremlin (2000-2008), enfrenta uma onda de contestação sem precedentes desde a sua chegada ao poder. Novas manifestações estão previstas para acontecerem no sábado.
"Hoje, a população civil da Rússia é refém do regime de Putin, que combate o islã no território do Emirado do Cáucaso. Nestas circunstâncias, somos obrigados a proteger a população civil em nossas operações especiais", acrescentou Oumarov.
Em consequência disso, "as operações especiais devem ser dirigidas contra as forças de segurança, os serviços secretos e os oficiais hipócritas que em palavras e ações fazem mal ao islã e são os inimigos de Deus", disse.
Dokou Oumarov se tornou em 2006 o "presidente separatista" da Chechênia e assumiu a liderança da guerrilha anti-russa. Sob a sua direção, a rebelião enfraqueceu na Chechênia diante da luta, pontuada por atrocidades, conduzida pelas forças de Moscou e seus aliados chechenos, liderados pelo líder pró-russo Ramzan Kadyrov.
Em 2007, Dokou Oumarov abandonou a causa separatista e se autoproclamou "emir do Cáucaso".
Após a primeira guerra da Chechênia (1994-1996) entre as forças russas e separatistas, a rebelião se islamizou progressivamente, ultrapassando as fronteiras chechenas e se transformando, em meados dos anos 2000, em um movimento islamita armado ativo em todo o Cáucaso do Norte.
"Os atuais eventos na Rússia (as manifestações da oposição) mostram que a população russa não deseja mais o regime de Putin", declarou Dokou Oumarov, em um vídeo postado nesta sexta-feira, 3, no site rebelde kavkazcenter.com.
Por esta razão, "ordeno a todos os grupos de sabotagem, que têm como missão aplicar nosso plano de operações especiais na Rússia, a colocar fim nas operações que poderiam ferir a população civil", prosseguiu Dokou Oumarov, que foi filmado na natureza, com uma barba longa e mal tratada.
Oumarov reivindicou o atentado no aeroporto Moscou-Domodedovo em janeiro de 2011 (37 mortos) - uma resposta aos crimes das forças russas contra os rebeldes no Cáucaso, segundo ele - e o atentado duplo no metrô de Moscou em 2010 (40 mortos).
Ele é procurado há anos pelas autoridades russas e, no ano passado, os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 5 milhões de dólares por informações que ajudem a localizá-lo.
O primeiro-ministro russo Vladimir Putin, favorito na eleição presidencial de março depois de dois mandatos no Kremlin (2000-2008), enfrenta uma onda de contestação sem precedentes desde a sua chegada ao poder. Novas manifestações estão previstas para acontecerem no sábado.
"Hoje, a população civil da Rússia é refém do regime de Putin, que combate o islã no território do Emirado do Cáucaso. Nestas circunstâncias, somos obrigados a proteger a população civil em nossas operações especiais", acrescentou Oumarov.
Em consequência disso, "as operações especiais devem ser dirigidas contra as forças de segurança, os serviços secretos e os oficiais hipócritas que em palavras e ações fazem mal ao islã e são os inimigos de Deus", disse.
Dokou Oumarov se tornou em 2006 o "presidente separatista" da Chechênia e assumiu a liderança da guerrilha anti-russa. Sob a sua direção, a rebelião enfraqueceu na Chechênia diante da luta, pontuada por atrocidades, conduzida pelas forças de Moscou e seus aliados chechenos, liderados pelo líder pró-russo Ramzan Kadyrov.
Em 2007, Dokou Oumarov abandonou a causa separatista e se autoproclamou "emir do Cáucaso".
Após a primeira guerra da Chechênia (1994-1996) entre as forças russas e separatistas, a rebelião se islamizou progressivamente, ultrapassando as fronteiras chechenas e se transformando, em meados dos anos 2000, em um movimento islamita armado ativo em todo o Cáucaso do Norte.