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Cuba rejeita declarações da UE sobre direitos humanos na ilha

Segundo o país, a União Européia não possui nenhuma 'autoridade moral nem política' para fazer esse tipo de observação

17:28 | 07/02/2012
HAVANA, 7 Fev 2012 (AFP) -Cuba classificou nesta terça-feira, 7, de "desacertadas" as declarações da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, sobre a situação dos direitos humanos na ilha e reiterou que não reconhece na União Europeia uma "autoridade moral nem política" para criticar o país caribenho nesta questão.

"Rejeitamos categoricamente essas declarações, que constituem uma nova ingerência nos assuntos internos de Cuba. A Sra. Ashton se imiscui em temas que competem apenas aos cubanos", disse o diretor encarregado da Europa na chancelaria cubana, Elio Rodríguez, em um comunicado enviado à imprensa.

"Reiteramos à União Europeia (UE) que Cuba não reconhece autoridade moral nem política alguma para criticar a ilha em matéria de direitos humanos", acrescentou Rodríguez, depois de classificar as declarações de Ashton de "desacertadas".

Ashton declarou no sábado à imprensa brasileira que "a recente onda de prisões temporárias de manifestantes pacíficos é alvo de preocupação para a UE" e que os cubanos precisam avançar para "um respeito total aos direitos civis e políticos da população, incluindo a liberdade de expressão".

Rodríguez disse que a UE deve "se preocupar com os graves problemas que a afetam, como a crise do euro, a política anti-imigrantes, a violenta repressão aos manifestantes e a crescente exclusão social de seus desempregados e dos setores desfavorecidos".

A União Europeia retomou em 2008 o diálogo político com Cuba, que atravessa um processo de reformas para tornar eficiente o esgotado modelo econômico centralizado, de cunho soviético, que seguiu durante meio século.

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