PUBLICIDADE
Notícias

Ataques deixam 9 mortos na Síria nesta quinta-feira

13:03 | 23/02/2012
Forças do governo sírio voltaram a bombardear Homs nesta quinta-feira, reduto da oposição onde centenas de pessoas morreram durante um cerco que já dura três semanas. Cerca de 30 pessoas, dentre elas dois jornalistas ocidentais, foram mortos nos ataques de quarta-feira, a maioria no bairro de Baba Amr, onde fica o epicentro da resistência na cidade. Nesta quinta-feira, nove pessoas - cinco soldados e quatro civis - morreram em várias partes da Síria, segundo informações de ativistas e da mídia estatal

Um homem foi morto a tiros na cidade de Maaret al-Numan, a província de Idlib, noroeste sírio, quando forças do regime invadiram sul da cidade, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres.

Três soldados foram mortos e sete ficaram feridos após a explosão de uma bomba na entrada sul da cidade de Idlib, relatou a agência estatal de notícias Sana. Outros dois soldados foram mortos e dois ficaram feridos num ataque contra uma delegacia de política na vila de Mharadeh, na província de Hama, informou também a Sana.

Uma criança de oito anos foi morta durante a noite quando tropas abriram fogo na vida de Ming, na província de Aleppo, disse o Observatório. O grupo também informou que um homem e uma criança de cinco anos foram mortos a tiros quanto forças de segurança invadiram o bairro de Tareeq al-Sad, na cidade de Deraa, berço da oposição.

Segundo o ativista Omar Shaker, morador de Homs, intensos ataques tiveram como alvo novamente áreas residenciais de Baba Amr nesta quinta-feira, mas não há informações sobre mortos ou ferido. Ele relatou que os estoques de comida, água e suprimentos médicos estão perigosamente baixos em Baba Amr.

"Cada minuto conta. Em breve as pessoas vão começar a entrar em colapso por causa da falta de sono e de comida", disse ele.

Os ataques de quarta-feira contra Baba Amr mataram a veterana correspondente de guerra norte-americana Marie Colvin e o fotógrafo francês Remi Ochlik.

Eles faziam parte de um grupo de jornalistas que entrou ilegalmente na Síria e compartilha acomodações com ativistas. Pelo menos outros dois jornalistas ocidentais ficaram feridos na quarta-feira.

Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores ofereceu condolências às famílias de Colvin e Ochlik, mas negaram qualquer responsabilidade por suas mortes. O porta-voz disse que os jornalistas estrangeiros devem respeitar as leis sírias e não entrar ilegalmente no país. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

TAGS