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AFP - Italiana ENI volta suas atenções para a Líbia

10:04 | 15/02/2012

MILÃO, 15 Fev 2012 (AFP) - A gigante italiana do petróleo ENI afirmou na quarta-feira que a empresa aumentou o lucro e a produção em 2011, e espera superar os números neste ano após o retorno das operações na Líbia com a queda da Muamar Kadhafi.

O lucro líquido da empresa de energia cresceu 9,1% no ano passado, chegando a 6,89 bilhões de euros (9,06 billhões de dólares), enquanto a margem de lucro líquido ajustado, que exclui itens excepcionais, subiu 1,5%, ou seja, 6,97 bihões de euros.

Atingida pelos conflitos na Líbia, onde a ENI é uma das maiores produtoras estrangeiras, o rendimento de 2011 registrou queda de 12,9%, a 1,58 milhão de barris por dia, mas a empresa espera um retorno ao volume normal no segundo semestre de 2012.

"Nós retomamos rapidamente as nossas operações na Líbia, reduzindo o impacto da revolução nos resultados de 2011", disse o presidente da ENI, Paolo Scaroni.

A produção no país do norte da África estava trabalhando em 80% de sua capacidade antes do conflito - com uma média de 280.000 barris diários - e o grupo estima o retorno ao número na segunda metade deste ano.

A gigante do petróleo espera que 2012 seja um desafio "devido aos sinais contínuos de desaceleração da economia, particularmente na zona do euro, e às condições voláteis do mercado".

No entanto, o preço do petróleo internacionalmente será apoiado pelo "robusto crescimento da demanda da China e de outras economias emergentes, assim como pelos constantes riscos geopolíticos e às incertezas", informou a ENI.

A empresa acredita que a demanda por gás será fraca, graças à atividade econômica reduzida e à crescente competição das energias renováveis, mas, apesar da queda na demanda, espera-se que as vendas permaneçam próximas às de 2011.

Scaroni afirmou que a descoberta da ENI no ano passado de um grande poço de gás natural na costa de Moçambique "gera oportunidades extraordinárias de desenvolvimento e esse é o lugar ideal para auxiliar o rápido crescimento dos mercados de gás na Ásia".

O presidente da ENI declarou que a companhia também fez descobertas importantes no Mar de Barents (entre a Noruega e a Rússia), na Angola e no Sudeste do Pacífico.

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