Permissionários reivindicam liberação do aluguel de patinetes apenas para empresas

Trabalhadores realizaram uma manifestação na Beira Mar, em Fortaleza, na noite desta sexta-feira, 23

12:47 | Mai. 25, 2025

Por: Gabriela Almeida
Foto ilustrativa: permissionários reivindicam a permissão do aluguel de patinetes apenas para a empresa Jet Brasil, que começou a operar em Fortaleza (foto: Samuel Setubal)

Permissionários realizaram uma manifestação na Beira Mar, em Fortaleza, na noite desta sexta-feira, 23, reivindicando a suspensão do aluguel de patinetes elétricos. Eles questionam o fato da Prefeitura ter regulamentado a atividade apenas para a empresa Jet Brasil, e pedem para serem ouvidos pelo Município. 

Trabalhadores estão há quase dois meses sem poder atuar com esse tipo de serviço. Em março último, a Prefeitura informou aos permissionários que a suspensão se daria para a regulamentação do serviço.

No entanto, regimento, publicado no dia 8 de maio, foi destinado somente às operadoras de micromobilidade, não incluindo comerciantes e liberando a atuação da Jet Brasil

Em resposta, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Coordenadoria Especial de Apoio à Governança das Regionais (Cegor), explicou que a suspensão de aluguéis de patinetes elétricos na orla de Fortaleza continua válida para todos, sejam empresas de micromobilidade ou não. Isso inclui os trechos da Praia de Iracema e Beira-Mar.

"O espaço segue com uso restrito a atividades do gênero, por critérios de organização e a segurança do local, não estando previsto, no momento, o funcionamento desse tipo de serviço na área", diz a nota da coordenadoria.

Maurício Silva, 43, representante dos trabalhadores do ramo, diz que a manifestação foi um protesto contra o fato da exploração do serviço ter sido liberada somente para a empresa. Atualmente, a empresa de patinetes pode atuar em outros locais da cidade, exceto na orla.

"O nosso trabalho é recreativo, na realidade, não é nada a ver com micromobilidade. O pessoal que aluga com a gente fica apenas aqui na orla se divertindo, vai de uma ponta a outra da orla e não tem nada a ver com o trabalho que é feito pela Jet", reivindica Maurício. 

Ele destaca que o pedido junto à Prefeitura é para que eles voltem a trabalhar como era antes. "De uma maneira que a gente possa se entender na regulação da velocidade. Na quantidade de material, onde o material vai andar", frisa. 

"A gente quer que o prefeito reconheça que o nosso trabalho é diferenciado. E nós chegamos primeiro aqui, nós estamos aqui antes deles (empresa). E aí eles deram exclusividade para essa empresa e esqueceram do trabalhador", completa.

Atualizada às 11h50 de 26/05/2025