Dono do portal Pirambu News é morto a tiros em Fortaleza

A vítima foi atingida com tiros na cabeça e morreu

10:26 | Fev. 08, 2022

 Givanildo Oliveira ou Gigi, do Pirambu News, foi morto depois de postar sobre a prisão de faccionados (foto: Reprodução/Instagram)

Givanildo Oliveira, conhecido como Gigi, dono do portal de notícias Pirambu News, e foi morto nessa segunda-feira, 7, na avenida Doutor Theberge, em Fortaleza. A vítima foi atingida com tiros na cabeça e morreu no local. A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência.

 

De acordo com o perfil do Pirambu News, a página é voltada para estudantes de jornalismo e jornalistas formados nas periferias. Um trabalho de jornalismo independente. No Instagram, a página acumulava mais de 67 mil seguidores. 

Nas postagens, ele divulgava matérias de cotidiano, violência, denúncias e casos que ocorriam principalmente no bairro Pirambu. A última postagem feita pelo página Pirambu News foi a respeito de um suspeito de matar duas pessoas no bairro, no domingo, 6.

Pelas redes sociais, o governador Camilo Santana (PT) afirmou que o caso é inaceitável e que "é preciso imediata identificação e prisão de todos os envolvidos". Ele afirma que conversou com o secretário de Segurança do Ceará, Sandro Caron, sobre os episódios de violência das últimas horas, que inclui uma chacina em Juazeiro do Norte, quando sete homens encapuzados invadiram uma casa e mataram quatro pessoas.

Falei com nosso secretário da Segurança, Sandro Caron, sobre alguns episódios de violência registrados nas últimas horas no Ceará, para o reforço que for necessário nas diligências e investigações, de forma com que haja respostas imediatas. (Cont.)

— Camilo Santana (@CamiloSantanaCE) February 8, 2022

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) também lamentou o assassinato de Givanildo Oliveira através de nota. “Ao mesmo tempo em que se solidariza com a família da vítima, a diretoria da entidade sindical cobra a apuração do crime, para saber se está relacionado à atuação do comunicador popular”, comunica o Sindicato.

“Entre os anos de 1995 e 2021, ao menos 70 jornalistas e comunicadores foram executados por conta do exercício da profissão no Brasil. A crescente violência contra os profissionais da mídia preocupa o Sindjorce e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que têm defendido a federalização das investigações dos crimes contra a categoria”, conclui o Sindjorce.

O POVO solicitou informações sobre o caso à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e aguarda respostas.