Projeto "Elminho": capacete de respiração assistida será adaptado para público infantil

Com a propriedade de reduzir em 60% a necessidade de internação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o equipamento é fruto de pesquisa e inovação no Ceará

16:00 | Fev. 04, 2022

O capacete Elmo tem a propriedade de reduzir em 60% a necessidade de internação em leitos de UTI (foto: ESP(CE)/Tatiana Fortes)

O capacete de respiração assistida Elmo deverá ser adaptado para o público infantil. O projeto foi anunciado pela Secretária da Saúde do Estado (Sesa), em parceria com Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE). Com a propriedade de reduzir em 60% a necessidade de internação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por insuficiência respiratória, o equipamento é fruto de pesquisa e inovação no Ceará e foi criado, inicialmente, para tratar pacientes adultos com quadro leve ou moderado de covid-19. 

Intitulado de “Elminho”, o projeto está sendo construído pela ESP/CE e deve contemplar crianças e adolescentes. O dispositivo ainda não tem data para o lançamento de um protótipo: “É um projeto para desenvolver a adaptação pediátrica do Elmo. Disparamos esse projeto aqui na Escola vendo a necessidade desse momento até da pandemia, com a insuficiência respiratória hipoxêmica, e o nosso convite veio para o Sabin. O ‘Elminho’ poderia ser aplicado na emergência”, pontua Marcelo Alcântara, superintendente da ESP/CE, Marcelo Alcântara, durante visita ao Hospital Albert Sabin. 

Na manhã dessa quinta-feira, 3, gestores da Sesa e da ESP/CE visitaram o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) com objetivo de consolidar futuras parcerias. A proposta é que, quando forem aplicados os testes clínicos, o Hias possa ser uma das unidades a utilizar o equipamento, a exemplo do que foi feito no Hospital Estadual Leonardo da Vinci (Helv) com o capacete destinado a adultos, em 2020.

Construído com silicone e PVC, o capacete Elmo foi desenvolvido para oferecer oxigênio em alto fluxo para o usuário internado. O equipamento envolve toda a cabeça do paciente e é fixado no pescoço em uma base que veda a passagem de ar. A força-tarefa de produção do equipamento contou com pesquisadores, especialistas e técnicos de instituições dos setores público e privado.