"A gente só entrega nas mãos de Deus", diz familiar de criança de 4 anos morta por facção em Fortaleza

A menina foi sepultada no Cemitério do Bom Jardim na tarde desta quinta-feira, 1. Ela foi morta a tiros por integrantes de uma facção criminosa

19:16 | Out. 01, 2020

Rhadassa tinha apenas quatro anos de idade e foi morta a tiros na comunidade do Caroço, Praia do Futuro (foto: Arquivo Pessoal)

Rhadassa Barbosa tinha apenas 4 anos de idade. Ela foi morta a tiros por integrantes de uma facção criminosa na comunidade do Caroço, Praia do Futuro, em Fortaleza, nessa terça-feira, 29. O corpo da criança foi sepultado nesta quinta, 1º, às 13 horas, no Cemitério Bom Jardim. "A gente só entrega nas mãos de Deus. A Justiça daqui muitas vezes falha, mas a lá de cima, a Justiça lá de Deus nunca falha", disse a familiar que O POVO opta por não identificar. 

Rhadassa era uma menina alegre e querida entre o moradores do Caroço. Ela, que completaria 5 anos no dia 12 de dezembro, era a caçula de 4 filhos: duas irmãs, de 8 e 14 anos, e um irmão de 17. A família perdeu o pai há quatro anos. A garotinha fazia o Infantil IV e gostava de ir à escola que frequentava na região.

 "Ela gostava de brincar muito. A gente não sabe nem o que falar em um momento desses. Está sendo uma perda muito grande. Aqui na família tem muita gente inconsolável. O irmão dela entrou em desespero. A mãe dela sentiu muito, chorou muito", relata a parente. 

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A família está desolada. O sepultamento foi marcado por momentos de emoção por parte dos irmãos e da mãe. A genitora também foi baleada na ação criminosa que vitimou a garota, mas recebeu uma alta provisória para ir à sede da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) liberar o corpo e também para dar o último adeus à filha.

O caso na Praia do Futuro

Criminosos surpreenderam a mãe de Rhadassa em um beco na comunidade do Caroço. Estavam a mãe e as três filhas. Os indivíduos balearam a mulher e a criança foi atingida no rosto. A menina não sobreviveu aos ferimentos e morreu no local. As outras meninas conseguiram fugir e não foram atingidas. 

Depois do crime, um grupo armado em um automóvel seguiu para a comunidade do Luxou e durante o caminho foi interceptado pela Polícia. Houve troca de tiros e quatro suspeitos saíram mortos. Armas foram apreendidas e nenhum policial saiu ferido.