Doze mulheres são mortas em julho no Ceará; crianças estão entre as vítimas

Entre as vítimas de crimes violento do mês de julho estão crianças de três e quatro anos de idade, além de meninas de 12, 14 e 16 anos

13:22 | Jul. 28, 2020

Doze mulheres foram mortas no mês de julho no Ceará. Entre as vítimas, meninas de três, quatro e 12 anos de idade. Os casos são registrados no Boletim de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), a maioria como homicídio doloso, no entanto, uma parte segue em investigação.

Entre os registros O POVO encontrou o caso de Joana Lara Gonçalves da Silva, de 14 anos, que foi morta na porta de casa, em Cedro. O crime teria motivação relacionada a briga entre facções criminosas.  Juliana Moreira, de 24 anos, foi morta em Aquiraz no dia 7. ela possuía antecedentes por tráfico de drogas. Ela foi encontrada em uma estrada e haviam lesões provocadas por tiros no corpo da vítima.

Em Granja, Juliana Sousa Monteiro, de quatro anos de idade, foi morta no dia 7 de julho. Ela estava acompanhada do pai quando foi alvo dos disparos, que seriam para o genitor, no entanto foi atingida e não resistiu aos ferimentos. O pai também morreu.

Maria do Socorro da Silva, 41, foi morta em Juazeiro do Norte, no dia 9. Ela estava acompanhada do filho  de 15 anos quando quando os dois foram recebidos a tiros. O adolescente havia sido apreendido por furtos, e a mãe, empregada doméstica, havia saído com ele da unidade policial, mas foram atacados e os dois não resistiram.

No dia 12 de julho, Rebeca Silva dos Santos, 12 anos, foi morta em Fortaleza. Ela foi vítima de disparo de arma de fogo. No mesmo dia Soraya de Oliveira Santiago, 35 anos de idade, foi morta também na Capital.

Jessiele Alves de Freitas, de 16 anos, e Karliane Frreira Barros também foram vítimas da violência. As duas foram mortas vítimas de arma de fogo. Os respectivos casos no dia 20, em Fortaleza.

Em Russas, a menina Maria Ester Rodrigues Correia, de três anos, foi deixada em uma unidade de saúde em óbito. Ela apresentava diversas lesões. Neste caso, o pai e a madrasta foram presos suspeitos do crime.

No dia 23, Patrícia Alves Lopes, de 33 anos, foi encontrada morta, em Fortaleza. No dia seguinte, Jamile Carlos de Oliveira também foi encontrada morta, no bairro Granja Portugal, com marcas de pedradas e teve parte do corpo incendiado.

O POVO demandou as duas últimas ocorrências e ambas estão em investigação. No caso de Jamile Carlos Oliveira, de 18 anos, a vítima sofreu lesões por arma de fogo, tinha ferimentos provocados por objeto contuso e estava com o corpo parcialmente carbonizado.

Já o segundo caso, no Conjunto Esperança, Patrícia Lopes foi encontrada. O POVO apurou que Patrícia estaria gestante. Conforme a Polícia Civil, somente após o laudo da Perícia Forense seria possível constatar se a vítima estava grávida.