Coletivo Florescer arrecada kits de higiene para mulheres e crianças em situação de rua

O coletivo Florescer aceita doações de máscaras, álcool em gel, calcinhas, absorventes e outros itens de higiene pessoal, além de doações em dinheiro

11:14 | Jul. 22, 2020

Durante o Natal de 2019, o coletivo doou kits de higiene para mulheres em situação de rua na Praça do Ferreira e para o Instituto Parque Universitário (foto: Arquivo Coletivo Florescer)

O coletivo Florescer está em campanha para montar kits de higiene para doar a mulheres e crianças em situação de rua. O projeto está aceitando calcinhas, absorventes e itens de higiene pessoal como escova de dente, sabonete e creme dental. Além disso, em razão da pandemia de Covid-19, serão incluídas máscaras e frascos de álcool em gel.

A campanha reforça a necessidade básica de acesso à higiene da população em situação de rua, principalmente em tempos de pandemia - na qual a única forma de se proteger é manter o corpo e ambientes limpos. “Eu sei que é muito difícil e que elas nem sempre podem lavar, mas é o que podemos fazer hoje e agora [para ajudar]”, afirma Ágata Cabral, idealizadora do coletivo.

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O Florescer nasceu em 2019 no intuito de “reduzir o impacto da pobreza menstrual e levar um pouco de dignidade menstrual e conforto para mulheres em situação de rua”, explica. Por isso, o projeto foca em atender mulheres em situação de rua, vítimas de violências e ajudar outras instituições de apoio.


Você já ouviu falar sobre Pobreza Menstrual? Existe e tá mais perto do que a gente imagina.. // Todes atentes? Arrasta pro lado e segue o fio!! pic.twitter.com/kKOCsuDkJh

— Projeto Florescer (@florescerr__) July 9, 2020


O projeto aceita doações dos produtos ou em dinheiro, além de estar aberto para voluntários. Para doar, basta contatar o coletivo pelo Instagram @floresceracadadia.

Ao menos 1.718 pessoas vivem em situação de rua na Capital, de acordo com censo sobre esta população realizado em 2014. Uma pesquisa da Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), de 2017, mostra que há 247 homens e mulheres morando na Praça do Ferreira. Organizações sociais apontam defasagem no levantamento e estimam que, desde então, essa população aumentou. Um novo censo estava previsto para ser entregue em agosto, mas foi suspenso temporariamente devido à pandemia.