Advogado e contador são alvos de nova fase da operação Saratoga

Os mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva foram cumpridos residências e escritórios dos suspeitos, em Fortaleza e Região Metropolitana. Ainda faltam cinco mandados para serem cumpridos

22:44 | Out. 24, 2019

Um advogado e um contador foram os alvos da nova fase da operação Saratoga, deflagrada nesta quinta-feira, 24. Os mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva foram cumpridos em residências e escritórios dos suspeitos, em Fortaleza e Região Metropolitana.

Além dos mandados cumpridos nesta quinta-feira, a Vara de Delitos de Organizações Criminosas deferiu outros cinco mandados de prisão preventiva, que permaneceram em aberto, pois os suspeitos não foram encontrados. Todos os mandados têm como base as investigações do Grupo Especial de Combate às Organização Criminosas (Gaeco) com apoio da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Coin).

A operação foi deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). As investigações apontam o núcleo de um grupo criminoso que falsificava documentos públicos e particulares.

De acordo com a SSPDS, as ações para o cumprimento dos mandados contaram com apoio do Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil do Ceará e da Coordenadoria de Inteligência (Coint) da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), já que alguns alvos cumprem pena em unidades do sistema penitenciário do Estado.

Investigação mostra falsificação no pagamento de fianças

Em 2016, as investigações do Gaeco e Coin identificaram condutas criminosas em relação à falsificação de documentos públicos e particulares. Esses papeis eram falsificados e comercializados. Os documentos serviam para aplicar golpes, desde a compra fraudulenta em comércios, captação de empréstimos de altos valores, roubo, receptação e adulteração de veículos automotores. Além disso, fraudes no pagamento de fianças.

Além do personagem central, que fazia o contato com os clientes, as investigações identificaram fornecedores e receptadores. O grupo era especializado em fabricação fraudulenta de documentos de transferência veicular (DUTs), carteiras de identidade, carteiras profissionais e de habilitação, títulos de eleitor, cartões de crédito, procurações, “batidas de chassi”, boletos e comprovantes de pagamento de fiança criminal, certificados e certidões escolares, e contracheques.

Para cada tipo de ação havia um grupo de criminosos específico para onde era encaminhado o material. As informações são do Ministério Público do Estado do Ceará.