Policiais fazem perícia no apartamento de empresária na tarde desta segunda, 23

Equipes da Polícia Civil, do 2º Distrito Policial, estiveram na manhã desta segunda no apartamento onde a empresária vivia. Jamile morreu no dia 31 de agosto após chegar baleada ao IJF

00:00 | Set. 23, 2019

Jamile de Oliveira Correia morreu no Instituto Dr. José Frota (foto: Reprodução/ Facebook)

Equipes da Polícia Civil, do 2º Distrito Policial, estiveram, na manhã desta segunda-feira, 23, no apartamento onde vivia Jamile de Oliveira Correia, 47, que morreu no dia 31 de agosto, após um tiro no peito. Eles foram até a residência onde morava a empresária e o filho de 14 anos para entregar intimações, conforme O POVO apurou. À tarde, a Perícia Forense do Ceará deve ir à residência para colher material para as investigações.

O caso, que está na 4ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, a princípio, vinha sendo tratado como suicídio. Depois as investigações passaram a seguir outra linha e cogitam também a possibilidade de feminicídio. Na última quarta-feira, 18, o juízo da 4ª Vara negou, em conformidade com parecer do Ministério Púbico do Ceará, pedido de prisão temporária do namorado de Jamile, o advogado Aldemir Pessoa Júnior, que a levou ao Instituto Doutor José Frota (IJF) após o tiro. A Justiça alegou que a requisição não preenchia as hipóteses legais. Contudo, na decisão, o juízo fixou medidas cautelares para ele: afastamento e proibição de frequentar a residência da vítima; proibição de manter contato, por quaisquer meios diretos ou indiretos com as testemunhas do inquérito policial, mantendo distância mínima de 200 metros; proibição de ausentar-se da Comarca, salvo autorização da Justiça; e recolhimento de passaporte.

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O Caso

Jamile foi levada ao IJF na madrugada do dia 30 de agosto, com ferimento por arma de fogo. A princípio, o caso era tratado como suicídio. No entanto, as investigações do 2° Distrito Policial (Aldeota) começaram a ver indícios de que aconteceu um feminicídio. A delegada, Socorro Portela, ouviu profissionais da área da saúde, entre médicos e enfermeiros. Familiares de Jamile também foram ouvidos.

A defesa de Aldemir afirma que o caso é um suicídio e diz que, em um dos depoimentos, o médico que atendeu Jamile disse que ouviu da empresária que o tiro foi dado por ela.